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Manifestação pacífica foi interrompida depois de mascarados começarem a atirar pedras, queimar lixo e atacar veículos
A manifestação do Movimento Passe Livre (MPL)
contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, que a partir deste
sábado (9) sobe de R$ 3,50 para R$ 3,80, começou pacífica e foi
interrompida pela ação de mascarados.
Os vândalos
obrigaram os passageiros a deixar os ônibus coletivos – inclusive mães
com crianças de colo – e quebraram os vidros dos veículos com muitas
pedras, paus e correntes.
Pedestres
e motoristas que passavam pela região de São Paulo ficaram muito
assustados com a confusão. Até trabalhadores que estavam num caminhão de
coleta de lixo foram ameaçados por mascarados. Veículos da CET,
responsável pelo trânsito da cidade, foram atacados com correntes.
Agências
bancárias e algumas lojas tiveram as fachadas de vidro depredadas, a
exemplo do que se viu nos protestos de junho de 2013 – motivados também
pela tentativa de reajuste do valor da passagem de ônibus.
A
Polícia Militar acompanhou a manifestação do MPL desde o começo sem
interferir até o início da confusão. Assim que os mascarados começaram a
jogar pedras, atear fogo em sacos de lixo e montar barricadas, os
policiais jogaram bombas de efeito moral e gás de pimenta para tentar
dispersar os manifestantes. Viaturas do Copor de Bombeiros tiveram de
ajudar a apagar os focos de incêndio.
A polícia não soube informar o número de
manifestantes detidos. Pelo menos dois PMs acabaram feridos durante o
quebra-quebra e encaminhados ao pronto-socorro da Santa Casa.
A integrante do MPL não comentou as cenas de vandalismo ocorridas no ato. Neste momento, com a dispersão dos manifestantes após a confusão, muitos permaneceram no centro enquanto parte do grupo se dirigiu à Avenida Paulista, onde o ato foi retomado.
Balanço da PM
A Secretaria de Segurança Pública atribuiu a black blocs as depredações ocorridas na noite desta sexta-feira, em São Paulo. Segundo comunicado, "a atuação criminosa dos black blocs atrapalhou o legítimo direito de manifestação dos demais".
Os mascarados que atacaram ônibus e outros veículos públicos, informa a secretaria, seriam "criminosos infiltrados, armados com escudos, paus, rojões e outros instrumentos, passaram a praticar agressões, vandalismo e danificar propriedade pública e privada."
Três PMs foram feridos por pedras. Ao todo, 17 pessoas foram detidas e um artefato explosivo foi apreendido com um dos manifestantes.
Ao todo, três agências bancárias foram danificadas. Um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um da SPTrans e duas viaturas da PM foram depredados.
No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte também houve protestos contra a alta do preço da passagem de ônibus. Nas duas capitais houve confronto em grupos de manifestantes e policiais.
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