Do UOL, em São Paulo
MG), pode ter chegado ao Parque Nacional de Abrolhos, no sul da Bahia.
O incidente, ocorrido em novembro de 2015, liberou grande quantidade de rejeitos minerais na bacia do rio Doce, que percorreram o rio e foram lançados no mar, no Espírito Santo. Segundo ela, com o vento a mancha chegou ao Arquipélago de Abrolhos, a 250 km da foz do rio Doce, o que teria sido verificado visualmente por técnicos do Ibama durante sobrevoo feito hoje na região.
"Nessa área foi constatada a presença de lama. A observação em campo dá indícios de que muito provavelmente (a mancha) está ligada à lama que saiu do rio Doce", disse o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Cláudio Maretti. O órgão é responsável pelo Parque Nacional Marítimo de Abrolhos.
Segundo ele, foram coletadas amostras para verificar se a lama é realmente resultante da barragem de rejeitos de minério.
O Arquipélado de Abrolhos é a área de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. A região reúne recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte.
Em novembro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, havia dito que a lama com rejeitos não deveria chegar ao parque por conta das correntes marítimas.
Hoje, mais três praias do litoral norte do Espírito Santo foram interditadas pela Prefeitura de Linhares por causa da lama de rejeitos da mineradora: as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca. Elas se juntam a Regência, Povoação e Comboios, que tem suas áreas interditadas desde a chegada da lama.
A Samarco já foi notificada do fato e enviou técnicos ao local. A empresa deverá colher amostras a cada 10 km de distância da foz do rio Doce até o Parque de Abrolhos. Em três pontos (o mais próximo da costa, no meio da mancha e em mar "limpo"), a coleta deve ser feita em três níveis de profundidade. O resultado das análises sairá em até 10 dias.
O Ministério do Meio Ambiente informou que criou um grupo de trabalho para avaliar os danos ambientais e acompanhar as ações de recuperação e revitalização dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, afetados pelo desastre.
Uma enxurrada com 55 milhões de metros cúbicos de lama foi liberada após a ruptura da barragem do Fundão, invadiu o rio Doce, passando por cidades mineiras e do Espírito Santo, até chegar ao oceano Atlântico, 16 dias depois. A tragédia afetou desde a agropecuária e a pesca ao ecoturismo e o surfe, além do abastecimento de água em alguns municípios.
A presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou nesta quinta-feira (7)
que a lama dos rejeitos de minérios que vazou das barragem da Samarco,
em Mariana (O incidente, ocorrido em novembro de 2015, liberou grande quantidade de rejeitos minerais na bacia do rio Doce, que percorreram o rio e foram lançados no mar, no Espírito Santo. Segundo ela, com o vento a mancha chegou ao Arquipélago de Abrolhos, a 250 km da foz do rio Doce, o que teria sido verificado visualmente por técnicos do Ibama durante sobrevoo feito hoje na região.
"Nessa área foi constatada a presença de lama. A observação em campo dá indícios de que muito provavelmente (a mancha) está ligada à lama que saiu do rio Doce", disse o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Cláudio Maretti. O órgão é responsável pelo Parque Nacional Marítimo de Abrolhos.
Segundo ele, foram coletadas amostras para verificar se a lama é realmente resultante da barragem de rejeitos de minério.
O Arquipélado de Abrolhos é a área de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. A região reúne recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte.
Em novembro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, havia dito que a lama com rejeitos não deveria chegar ao parque por conta das correntes marítimas.
Hoje, mais três praias do litoral norte do Espírito Santo foram interditadas pela Prefeitura de Linhares por causa da lama de rejeitos da mineradora: as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca. Elas se juntam a Regência, Povoação e Comboios, que tem suas áreas interditadas desde a chegada da lama.
Análise de água sai em 10 dias
O Ibama aguarda a análise da água coletada no local para ter certeza de que a mancha, já bastante diluída, é proveniente da lama da barragem da Samarco, que pertence a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. Isso porque, a 60 km do arquipélago há a foz do rio Caravelas, que eventualmente lança no mar sedimentos resultantes de erosões.
A Samarco já foi notificada do fato e enviou técnicos ao local. A empresa deverá colher amostras a cada 10 km de distância da foz do rio Doce até o Parque de Abrolhos. Em três pontos (o mais próximo da costa, no meio da mancha e em mar "limpo"), a coleta deve ser feita em três níveis de profundidade. O resultado das análises sairá em até 10 dias.
O Ministério do Meio Ambiente informou que criou um grupo de trabalho para avaliar os danos ambientais e acompanhar as ações de recuperação e revitalização dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, afetados pelo desastre.
O desastre
No dia 5 de novembro, o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério pertencente à mineradora Samarco no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), provocou "o maior desastre ambiental da história do Brasil", nas palavras da presidente Dilma Rousseff. A tragédia aconteceu deixou ao menos 15 mortos e quatro desaparecidos.
Uma enxurrada com 55 milhões de metros cúbicos de lama foi liberada após a ruptura da barragem do Fundão, invadiu o rio Doce, passando por cidades mineiras e do Espírito Santo, até chegar ao oceano Atlântico, 16 dias depois. A tragédia afetou desde a agropecuária e a pesca ao ecoturismo e o surfe, além do abastecimento de água em alguns municípios.
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