Pesca está proibida na Foz do Rio Doce por tempo indeterminado.
Torta capixaba ficou mais cara por falta de camarão no mercado.
"Essa contaminação dos peixes e dos crustáceos precisa ser estudada, precisa ter informação, para que não permitamos que a população consuma camarão com contaminação e lá na frente a gente pode ter uma problema de saúde pública", disse Guanadir.
Por uma decisão da Justiça Federal, a pesca está proibida por tempo indeterminado na Foz do Rio Doce. O Ibama fiscaliza a região, onde cinco embarcações já foram multadas.
Quase todo o camarão vendido em Vitória, na capital do estado, vem da região Norte. Contra a proibição, pescadores protestaram na frente da sede do Ibama.
“Nossos pescadores já estão começando a passar dificuldade. Tem gente ali que não tem nem uma botija de gás para comprar. Esse é o motivo do protesto", afirmou o pescador João Carlos Gomes.
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Com a pesca proibida, a quantidade de camarão no mercado caiu e o preço subiu. Em uma peixaria da Grande Vitória, o quilo pulou R$22 foi para R$29.
"Não tem produção e como a procura é muito grande a gente tenta comprar. Tem concorrentes que também querem o produto, então a tendência é o preço subir mesmo, não tem como", afirmou o dono da peixaria.
Torta Capixaba
Durante a Semana Santa, o camarão é um dos principais ingredientes da tradicional torta capixaba. Com a queda na produção, restaurantes e famílias tentam encontrar alternativas.
As cozinheiras Luiza e Rosane vendem torta por encomenda. Em 2015, foram quase 300 tortas vendidas. Este ano, a receita só não ficou desfalcada do camarão, porque elas fizeram um estoque, compraram camarão antes de a lama chegar ao litoral.
“Agora com essa proibição do camarão, a gente não teria o produto. Não teria o camarão na torta capixaba", afirmou uma das vendedoras.
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