quinta-feira, 31 de março de 2016

Relação cidade x natureza, parte II, artigo de Roberto Naime


Publicado em março 31, 2016 por



artigo

[EcoDebate] Para que ocorram esses processos de racionalização nas estruturas e nas ações social, política e econômica, que BANNEL (2006) afirma que a “racionalização como possibilidade para a expansão de aprendizagem coletiva como a institucionalização da razão na Sociedade”.


O entendimento que é permitido consiste na racionalização como expansão dos processos de aprendizagem, que se manifestam através das formas urbanas de vida, conceito este apresentado por Habermas.

Tudo isso é para confirmar, que somente com este desencantamento do mundo para um projeto de racionalização e modernidade que se torna possível uma emancipação destas estruturas sociais.

No que diz respeito ao tema formas urbanas de vida, SCALISE (2002), considera que para a ocorrência das formas urbanas de vida, envolve planejamento e desenvolvimento urbanístico arquitetônico com tendências as padronizações dos elementos constitutivos do ambiente.

Em outras palavras, o espaço das formas urbanas de vida e concebido como algo a ser moldado para propósitos sociais. Com suas nuanças e perspectivas, os edifícios, canteiros, ruas, praças podem ser entendidos como uma linguagem que muito informa as concepções de mundo subjacentes àqueles que as elaboravam formalmente e executaram materialmente.

SCALISE (2002) contribui ao afirmar que em meio deste cenário de mudanças constantes surgem os problemas psicológicos, sociológicos, organizacionais e políticos da urbanização maciça.

Uma vez que com a passagem do rural para urbano e fluxos migratórios em busca da manutenção da própria existência é que nesse mosaico urbano de culturas e identidades que “experiências urbanas influenciam na formação da dinâmica cultural”.


E nesse contexto de crescimento urbano explosivo, forte fluxo migratório e intensa industrialização e mecanização que a concepção de parques urbanos com sua função estética, ecológica e social. (LOBODA e DE ANGELIS, 2013) aparece com seus elementos naturais (água, terra, plantas, animais entre outros) em um espaço urbano planejado.


No que concernem as funções que o parque pode proporcionar, entende-se como função estética, a inclusão de elementos naturais que compõe esse espaço e de forma direta ou indireta minimiza os impactos decorrentes da industrialização e mecanização.

Por sua vez na função ecológica, esta se apresenta, na relação espaços construídos e os destinados a circulação proporcionando a integração. E na função social a relação consiste na oferta de espaços para o lazer dos frequentadores.

Há que se destacar também que nessa relação cidade-natureza em um micro espaço da cidade, o parque urbano.

Do canteiro à arvore, ao jardim de bairro ou ao grande parque urbano, as estruturas verdes constituem também elementos identificáveis na estrutura urbana, caracterizam a imagem da cidade, tem a individualização própria, desempenham funções precisas, são elementos de composição e do desenho urbano e servem para organizar, definir e conter espaços.
Se destaca a importância dos parques nos grandes retângulos urbanos de ruas, prédios edifícios, pois são essenciais para a saúde.

No parque urbano ocorre essa relação próxima de condições ecológicas das condições do urbano. Portanto, no interior dos parques se encontra elementos típicos de uma natureza ainda outrora pouco tocada típica da era pré-industrial com outra de uma vida urbana, tais como regras de conduta, normas de direito, espaços mercadológicos e do lazer.

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