quarta-feira, 6 de abril de 2016
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo
Lewandowski, determinou nesta terça-feira (5) a suspensão da
distribuição da fosfoetalonamina sintética, mais conhecida como “pílula
do câncer”, pela USP (Universidade de São Paulo). A instituição só
poderá repassar o estoque que ainda resta da substância para pedidos
antigos.
O pedido analisado pelo STF foi apresentado pela própria USP. Nele, a universidade afirma que as decisões judiciais que liberaram a substância “cuja eficácia, segurança e qualidade são incertas” colocam em risco a saúde dos pacientes e interferem na atividade de pesquisa dos docentes, com o total comprometimento do laboratório didático da instituição.
Semana passada, a USP decidiu fechar o laboratório em São Carlos (SP) que vinha produzindo a fosfoetanolamina. Ela estava sendo fabricada no Instituto de Química e era entregue a pacientes que obtiveram na Justiça liminar para o uso da substância, que não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na decisão, o ministro ressaltou que “a inexistência de estudos científicos que atestem que o consumo da fosfoetanolamina sintética seja inofensivo ao organismo humano” e o desvio de finalidade da instituição de ensino, que tem como atribuição promover a educação, são justificativas à suspensão de seu fornecimento pela USP, após o término do estoque já existente.
Lewandowski lembra ainda que, além de não ter o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o uso da substância como medicamento não é autorizado em nenhum outro país, por agências reguladoras similares à brasileira, e que não existem estudos publicados sobre os benefícios de sua utilização na cura do câncer e nem a comprovação de que seu consumo seja inofensivo à saúde humana, segundo os protocolos legais.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário