11 de maio de 2016
Turismo está aumentando a procura pelo café civeta, revela novo estudo divulgado pela World Animal Protection
A pesquisa mostra que mais de 16 estabelecimentos de café civeta foram inaugurados ao longo de uma das principais estradas turísticas em Bali, só nos últimos 5 anos.
Veja o relatório completo (em inglês).
Segundo o Dr. Neil D’Cruze, pesquisador de vida silvestre da World Animal Protection: “As civetas são animais noturnos. Elas são capturadas na natureza e mantidas em gaiolas pequenas simplesmente para atrair turistas curiosos, que querem ver como o café é feito”.
Uma única xícara da bebida gourmet, também conhecida como “Kopi Luwak”, pode custar até US$ 100. É um dos cafés mais caros e raros do mundo.
A Indonésia tem uma longa tradição de café civeta “cage free”, ou seja, produzido com fezes coletadas na natureza.
Isso mesmo, fezes. Os apreciadores do Kopi Luwak acreditam que o sistema digestivo das civetas fermenta e altera a composição química dos grãos de café, resultando em um gosto peculiar.
Para aumentar a produção e atender à demanda turística, as civetas são mantidas em jaulas, sob condições cruéis.
Os animais são forçados a se alimentar só de café – mas, na natureza, sua dieta inclui desde ratos a insetos e frutas como amoras, mangas e bananas.
Esta é uma civeta. São pequenos mamíferos asiáticos, que têm hábitos noturnos e gostam de escalar árvores.
Em cativeiro, as gaiolas de ferro machucam suas patas e impedem que se escondam durante o dia – causando dor e estresse contínuos.
Ver as civetas aprisionadas ajuda a convencer os turistas de que estão bebendo o verdadeiro café civeta, faz parte do tour.
“Infelizmente, muitos turistas fecham os olhos para a crueldade por trás da bebida e até formam filas para tirar fotos e postar nas redes sociais”, lamenta o Dr. Neil D’Cruze, pesquisador da World Animal Protection.
A maioria dos produtores de café não sabe como cuidar da espécie, o que causa doenças e até a morte de civetas – tudo por um café gourmet.
Após denúncias da World Animal Protection, pelo menos 13 atacadistas – incluindo marcas famosas como Harrods e Selfridges, no Reino Unido, e Simon Lévelt, na Holanda – retiraram o produto de suas prateleiras ou concordaram em investigar sua origem.
Mas detectar se o café civeta é cruel ou não é um desafio: não se pode distinguir facilmente os grãos coletados na natureza dos obtidos em gaiolas.
Se os turistas veem civetas enjauladas, como parte do “tour”, já é um claro indicativo de que o local promove maus-tratos desnecessários contra animais – alerta o Dr. Jan Schmidt, co-autor da pesquisa.
Os tours de Kopi Luwak são promovidos pela TripAdvisor e estão entre as 10 atrações mais cruéis do mundo. Junte-se a mais de 200.000 pessoas e exija que parem de lucrar com o sofrimento animal.
Veja o relatório completo (em inglês).
Segundo o Dr. Neil D’Cruze, pesquisador de vida silvestre da World Animal Protection: “As civetas são animais noturnos. Elas são capturadas na natureza e mantidas em gaiolas pequenas simplesmente para atrair turistas curiosos, que querem ver como o café é feito”.
Uma xícara de crueldade
A verdade sobre a produção do café mais caro do mundo deixa um gosto desagradável na boca de muita gente...Uma única xícara da bebida gourmet, também conhecida como “Kopi Luwak”, pode custar até US$ 100. É um dos cafés mais caros e raros do mundo.
A Indonésia tem uma longa tradição de café civeta “cage free”, ou seja, produzido com fezes coletadas na natureza.
Isso mesmo, fezes. Os apreciadores do Kopi Luwak acreditam que o sistema digestivo das civetas fermenta e altera a composição química dos grãos de café, resultando em um gosto peculiar.
Para aumentar a produção e atender à demanda turística, as civetas são mantidas em jaulas, sob condições cruéis.
Os animais são forçados a se alimentar só de café – mas, na natureza, sua dieta inclui desde ratos a insetos e frutas como amoras, mangas e bananas.
Esta é uma civeta. São pequenos mamíferos asiáticos, que têm hábitos noturnos e gostam de escalar árvores.
Em cativeiro, as gaiolas de ferro machucam suas patas e impedem que se escondam durante o dia – causando dor e estresse contínuos.
Ver as civetas aprisionadas ajuda a convencer os turistas de que estão bebendo o verdadeiro café civeta, faz parte do tour.
“Infelizmente, muitos turistas fecham os olhos para a crueldade por trás da bebida e até formam filas para tirar fotos e postar nas redes sociais”, lamenta o Dr. Neil D’Cruze, pesquisador da World Animal Protection.
A maioria dos produtores de café não sabe como cuidar da espécie, o que causa doenças e até a morte de civetas – tudo por um café gourmet.
Após denúncias da World Animal Protection, pelo menos 13 atacadistas – incluindo marcas famosas como Harrods e Selfridges, no Reino Unido, e Simon Lévelt, na Holanda – retiraram o produto de suas prateleiras ou concordaram em investigar sua origem.
Mas detectar se o café civeta é cruel ou não é um desafio: não se pode distinguir facilmente os grãos coletados na natureza dos obtidos em gaiolas.
Se os turistas veem civetas enjauladas, como parte do “tour”, já é um claro indicativo de que o local promove maus-tratos desnecessários contra animais – alerta o Dr. Jan Schmidt, co-autor da pesquisa.
Proteja as civetas
A World Animal Protection pede para que os turistas evitem o café civeta ou escolham marcas certificadas como “cage free”.Os tours de Kopi Luwak são promovidos pela TripAdvisor e estão entre as 10 atrações mais cruéis do mundo. Junte-se a mais de 200.000 pessoas e exija que parem de lucrar com o sofrimento animal.
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