24/05/2010 11h41 - Atualizado em 24/05/2010 19h38
Mortalidade de cães na Suipa é de 99%, diz MP após vistoria
Órgão investiga desvio de verbas da ONG.
Representantes estiveram no local para apurar denúncia de maus-tratos.
Esses mesmos dados mostram que a receita da Suípa em 2008 foi de R$ 5,8
milhões e R$ 6,4 milhões no ano passado. O MP agora quer o detalhamento
dos gastos que ultrapassaram o valor, fazendo com que a ONG fechasse
2009 com um déficit de mais de R$ 1 milhão. Segundo o MP, a presidente
Izabel Nascimento sacou em apenas dois dias, R$ 324 mil da conta da
entidade.
A versão da Suipa
Em entrevista ao G1, Izabel Nascimento confirmou que a mortalidade é alta e que o espaço é pequeno no local para a grande demanda de animais que chegam todos os dias. Segundo ela, cerca de 60 animais dão entrada no local todos os dias, somando cerca de 1.800 por mês.
Em entrevista ao G1, Izabel Nascimento confirmou que a mortalidade é alta e que o espaço é pequeno no local para a grande demanda de animais que chegam todos os dias. Segundo ela, cerca de 60 animais dão entrada no local todos os dias, somando cerca de 1.800 por mês.
"Maus-tratos é deixar os animais com fome, bater nos animais. Se existe
isso, porque os 30 veterinários que trabalham aqui seriam coniventes?
Se eles (os promotores do MP)
constataram isso aqui, porque não recolheram os animais?. Maltratados
eles chegam aqui, subnutridos, com ferimentos graves, até com tiros e é
natural, pelas condições que chegam, que a mortalidade seja alta", conta
a presidente da Suipa.
Segundo ela, no dia seguinte à vistoria, a ONG entregou um balanço dos
últimos cinco anos ao MP. "A gente precisa de espaço e de verba. A
promotora tem que provar que a gente sumiu com esse dinheiro. O MP teve
em novembro uma ação civil pública que exigiu que o prefeito fizesse um
espaço maior e a prefeitura já tem até o projeto dos canis. No Rio, não
outra instituição para receber animais, nem mesmo a prefeitura", pondera
Izabel.
Cães são queimados, dizem funcionários
A vistoria do MP contou com o reforço de dois veterinários do Centro municipal de Controle de Zoonoses, dois biólogos do Grupo de Apoio técnico (GAT) e de equipes do Batalhão Florestal da Polícia Militar. Empregados da ONG afirmaram que diariamente animais mortos são queimados num forno crematório no fundo do canil.
A vistoria do MP contou com o reforço de dois veterinários do Centro municipal de Controle de Zoonoses, dois biólogos do Grupo de Apoio técnico (GAT) e de equipes do Batalhão Florestal da Polícia Militar. Empregados da ONG afirmaram que diariamente animais mortos são queimados num forno crematório no fundo do canil.
Ainda segundo o MP, durante a vistoria, a presidente da unidade chegou a
dizer que havia 5 mil cães no local, mas depois corrigiu o número para
2.800. No local, os promotores ouviram de alguns funcionários que a
contagem de animais só é feita uma vez por semestre e que o número
costuma ser superestimado para justificar os gastos.
Simone G de Lima
Laboratório Ágora Psyché
Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento , IP
Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento , IP
Universidade de Brasília
Diretora Geral,
ProAnima- Associação Protetora dos Animais do DF
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