sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Brasileiros demonstram levitação de objetos grandes


Brasileiros demonstram levitação de objetos grandes
É a primeira vez que os cientistas conseguem levitar um objeto maior do que o comprimento das ondas acústicas utilizadas.[Imagem: Andrade et al.]
Levitação sônica
Em 2015, os físicos brasileiros Marco Auré Andrade e Júlio Adamowski domaram a levitação acústica, fazendo pequenas esferas de poliestireno flutuarem no ar de forma controlada.
Foi a primeira demonstração de um aparelho de levitação "não-ressonante", que não requer uma distância fixa de separação entre a fonte e o refletor, o que deu muita flexibilidade à técnica, usada, por exemplo, para estudar o comportamento de gotas de líquido sem as interferências produzidas pelas paredes de um recipiente.
Agora a dupla fez outra inovação na área que está chamando a atenção da comunidade internacional: eles descobriram como levitar objetos grandes, maiores do que o comprimento das ondas acústicas utilizadas.


Levitação com ultrassom
Enquanto no experimento original só era possível levitar esferas de 3 milímetros de diâmetro, o novo aparato suspende no ar esferas de até 5 centímetros de diâmetro.
As esferas são levitadas usando ondas ultrassônicas, o que significa que o ser humano pode vê-las suspensas no ar, mas não ouve o som que as mantém.


Os pesquisadores explicaram que o novo avanço se deveu à constatação de que os transdutores - os alto-falantes utilizados - podem ser reposicionados. Utilizando três alto-falantes, gera-se uma onda "estacionária" no espaço entre eles, que tem força suficiente para suportar a esfera.


A esfera é mantida a uma altura de 7 milímetros. "No momento nós conseguimos levitar o objeto apenas em uma posição fixa no espaço. Agora pretendemos desenvolver novos aparelhos capazes de levitar e manipular objetos grandes no ar," disse Marco Auré.
Bibliografia:

Acoustic levitation of a large solid sphere
Marco A. B. Andrade, Anne L. Bernassau, Julio C. Adamowski
Applied Physics Letters
Vol.: 109, 044101
DOI: 10.1063/1.4959862


Nenhum comentário: