sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Consumo excessivo de carne está devastando o planeta, diz relatório



Consumo excessivo de carne está devastando o planeta, diz relatório

O contínuo e crescente consumo de carne vêm causando impacto devastador no meio ambiente, alerta novo relatório da ONG WWF. Os danos são resultado da plantação para alimentar os animais, aponta o documento. A vasta escala de crescimento na colheita de produtos como soja para alimentar frangos, porcos e outros animais causa uma forte pressão em cima dos recursos naturais, levando a perda em grande escala de terra e espécies, de acordo com o estudo.

A agricultura intensa e industrial também resulta em comida menos nutritiva, revela o documento, destacando que seis frangos criados hoje para consumo humano têm o mesmo percentual de ômega 3 encontrado em apenas um na década de 1970.

O estudo "Apetite por destruição", divulgado nesta quinta-feira, em uma conferência em Londres, alerta para a grande quantidade de terra necessária para o cultivo usado para alimentar animais e cita algumas das áreas mais vulneráveis, como Amazônia, a bacia do Congo e os Himalaias.

A produção de soja atual está em tão alta escala que a média europeia de consumo é de cerca de 61kg por dia, consumidos indiretamente graças a ingestão da carne de animais como de frango, salmão e produtos como queijo, leite e ovos. Se a demanda por carne aumentar como o esperado, o documento diz, a produção de soja cresceria, até 2050, algo perto de 80%.

"O mundo está consumindo mais proteína animal do que precisa e isso está causando um efeito devastador na vida selvagem", disse Duncan Williamson, gerente de políticas alimentares da WWF.

"Um assombroso índice de 60% de perda da diversidade global é graças a comida que comemos. Sabemos que muitas pessoas estão conscientes que uma dieta baseada em carne tem um impacto em água e terra, assim como causando aumento da emissão de gases de efeito estufa, mas poucos sabem que a maior questão vem da plantação baseada na alimentação desses animais", acrescentou ele.

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