Chefe ambiental da ONU pede mais esforços contra mudanças climáticas e destruição da natureza


Em entrevista às Nações Unidas, o chefe da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, cobrou que países e setor privado acelerem esforços contra as mudanças climáticas e a perda de vida silvestre. Dirigente lembrou que 2017 foi o primeiro ano em que a energia solar gerou mais eletricidade do que o uso de petróleo, carvão e gás somados. Marco histórico deve estimular mudanças mais amplas rumo a modelos de crescimento econômico sustentáveis.
Elefante na selva, em Gana. Foto: Banco Mundial/Arne Hoel
Elefante na selva, em Gana. Foto: Banco Mundial/Arne Hoel


Em entrevista às Nações Unidas, o chefe da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, cobrou que países e setor privado acelerem esforços contra as mudanças climáticas e a perda de vida silvestre. Dirigente lembrou que 2017 foi o primeiro ano em que a energia solar gerou mais eletricidade do que o uso de petróleo, carvão e gás somados. Marco histórico deve estimular mudanças mais amplas rumo a modelos de crescimento econômico sustentáveis.

Solheim apontou avanços no uso de fontes renováveis e lembrou que a Índia já tem um aeroporto mantido apenas com energia solar. Localizado no sul do gigante asiático, o Aeroporto Internacional de Cochin é maior do que todos os aeroportos da África, com a exceção dos encontrados na África do Sul.

Nos Estados Unidos, o número de empregos no setor de energia solar já é cinco vezes maior do que a quantidade de vagas no setor de carvão, acrescentou o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente.

O especialista também chamou atenção para conquistas na proteção da natureza e dos animais. Na Indonésia, políticas de conservação reduziram em quase 90% o desmatamento das zonas de turfa, uma cobertura vegetal que consegue armazenar quantidades significativas de dióxido de carbono. A


China suspendeu todo o comércio de marfim, o que deve fragilizar o mercado de caçadores na África.
“Estamos indo na direção certa, mas realmente precismos acelerar”, alertou Solheim, que lembrou o recente caso de uma baleia encontrada na Tailândia, com 80 sacolas plásticas em seu estômago.


O dirigente espera que a Conferência de Beijing de 2020 produza resultados tão concretos para a proteção da biodiversidade quanto o Acordo de Paris. O encontro na China marca a 15ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica. Durante a reunião, países avaliarão o cumprimento das metas do Protocolo de Cartagena e do Protocolo de Nagoia, mecanismos internacionais de proteção da vida silvestre.

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