quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Redução das emissões de desmatamento: nossos objetivos podem e devem ser mais fortes



Redução das emissões de desmatamento: nossos objetivos podem e devem ser mais fortes



14 Agosto 2018   |    
 
A respeito do anúncio, feito durante a reunião do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, com a presença do presidente Michel Temer, de que Brasil antecipou o cumprimento de meta voluntária de redução de emissão de carbono na Amazônia e Cerrado, prevista para 2020, o coordenador de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, André Nahur, comentou:

“O cumprimento das metas é um avanço, mas ainda estamos muito distantes do que é necessário para garantir a manutenção dos dois biomas, Amazônia e Cerrado. Apesar dessa redução, o Brasil ainda desmata muito. Os dados do ano passado mostram que estamos próximos de 7 mil km quadrados de desmatamento na Amazônia, o que é muito preocupante para a manutenção do bioma a longo prazo”.

“Estudos mostram que, se chegarmos de 20% a 25% de desmatamento nessas regiões, o bioma pode entrar em processos naturais de degradação. E, com os números atuais, estamos chegando perto de 20%”.

“No Cerrado, a situação é ainda pior. Já perdemos cerca de 50% da área original do bioma. Somente entre 2013 e 2015, o Brasil destruiu 18.962 km2 do bioma. Isso significa que, a cada dois meses, nesse período, perdemos o equivalente à área da cidade de São Paulo”.

“Para dar uma contribuição justa para o clima global, o Brasil deve emitir no máximo 1bilhão de toneladas de CO2 por ano e o desmatamento ainda é o principal setor de emissões.

“O cumprimento das metas brasileiras mostra que nossos objetivos podem e devem ser mais ambiciosos. O Brasil precisa, urgentemente, implementar seus planos de restauração florestal e reflorestamento com os que se comprometeu no Acordo de Paris e, ao mesmo tempo, aumentar a ambição de suas metas, buscando o desmatamento zero”.

“Ao investir em opções de baixo carbono, com eliminação do desmatamento, uma agricultura com menos emissões e formas limpas de energia, o Brasil tem a possibilidade de se tornar um dos líderes de uma nova economia, com desenvolvimento limpo e benefícios para toda a população”

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