Rio Pinheiros ganhará teste com nanobolhas para combater poluição
Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP utilizará tecnologia semelhante à adotada para despoluir lago no Peru
Por - Editorias: Ciências da Saúde, Ciências Ambientais - URL Curta: jornal.usp.br/?p=201931
Por - Editorias: Ciências da Saúde, Ciências Ambientais - URL Curta: jornal.usp.br/?p=201931
.
Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP irá analisar a eficiência da aplicação da tecnologia de nanobolhas para a melhoria da qualidade da água do Rio Pinheiros, em São Paulo. Os testes serão realizados em dois canais da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) localizados junto à Usina Elevatória de Traição e devem começar em cerca de dois meses, quando a montagem do equipamento estará completa.
“As nanobolhas já vêm sendo utilizadas em outros países com muito sucesso na despoluição de águas superficiais”, diz a engenheira Paula Vilela, citando o caso do lago El Cascajo, em Chancay, no Peru. “Ela (a tecnologia) pode ser utilizada em qualquer sistema de aeração artificial de meios aquáticos”, completa.
Paula realiza a pesquisa no pós-doutorado junto ao Departamento de Saúde Ambiental da FSP, sob orientação do professor Pedro Caetano Mancuso. Ela utilizará um gerador que produz nanobolhas em dimensões inferiores a 50 nanômetros – o que equivale a 0,00005 milímetros. Além do tamanho diminuto, as nanobolhas se comportam de maneira diferente das bolhas visíveis a olho nu. Elas não flutuam em direção à superfície nem se rompem rapidamente. Podem durar por várias horas ou até alguns meses. Deslocam-se com maior velocidade e são mais estáveis do que as bolhas maiores.
Para realização dos testes, o gerador de nanobolhas será integrado a uma bomba centrífuga, uma cápsula geradora de ozônio e um painel de comandos elétricos. “Não existe uso de produto químico nem geração de resíduos”, afirma Paula. As nanobolhas produzidas por esse tipo de sistema costumam ser feitas de ar, gás oxigênio ou ozônio. A engenheira espera observar a depuração dos contaminantes como próprio resultado do movimento das nanobolhas.
Antes de ligar o gerador de nanobolhas, os pesquisadores irão coletar a água do rio para fazer novas análises laboratoriais. Uma vez que o equipamento estiver em funcionamento, essas análises serão feitas semanalmente nos canais, para monitorar mudanças nas condições da água. Paula também quer verificar detalhadamente o efeito da tecnologia sobre as máquinas do sistema de bombeamento da usina, que são prejudicadas pelo lodo e os materiais sólidos. A ideia é verificar se o uso das nanobolhas é capaz de melhorar as condições de operação das máquinas.
Segundo a engenheira, testes preliminares realizados em abril de 2017 superaram as expectativas dos pesquisadores. Após o uso do gerador de nanobolhas, a água antes carregada de poluição ficou sem odor e sem cor. As análises laboratoriais revelaram, ainda, outros resultados positivos, com significativa redução de contaminantes.
Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP irá analisar a eficiência da aplicação da tecnologia de nanobolhas para a melhoria da qualidade da água do Rio Pinheiros, em São Paulo. Os testes serão realizados em dois canais da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) localizados junto à Usina Elevatória de Traição e devem começar em cerca de dois meses, quando a montagem do equipamento estará completa.
“As nanobolhas já vêm sendo utilizadas em outros países com muito sucesso na despoluição de águas superficiais”, diz a engenheira Paula Vilela, citando o caso do lago El Cascajo, em Chancay, no Peru. “Ela (a tecnologia) pode ser utilizada em qualquer sistema de aeração artificial de meios aquáticos”, completa.
Paula realiza a pesquisa no pós-doutorado junto ao Departamento de Saúde Ambiental da FSP, sob orientação do professor Pedro Caetano Mancuso. Ela utilizará um gerador que produz nanobolhas em dimensões inferiores a 50 nanômetros – o que equivale a 0,00005 milímetros. Além do tamanho diminuto, as nanobolhas se comportam de maneira diferente das bolhas visíveis a olho nu. Elas não flutuam em direção à superfície nem se rompem rapidamente. Podem durar por várias horas ou até alguns meses. Deslocam-se com maior velocidade e são mais estáveis do que as bolhas maiores.
Para realização dos testes, o gerador de nanobolhas será integrado a uma bomba centrífuga, uma cápsula geradora de ozônio e um painel de comandos elétricos. “Não existe uso de produto químico nem geração de resíduos”, afirma Paula. As nanobolhas produzidas por esse tipo de sistema costumam ser feitas de ar, gás oxigênio ou ozônio. A engenheira espera observar a depuração dos contaminantes como próprio resultado do movimento das nanobolhas.
Antes de ligar o gerador de nanobolhas, os pesquisadores irão coletar a água do rio para fazer novas análises laboratoriais. Uma vez que o equipamento estiver em funcionamento, essas análises serão feitas semanalmente nos canais, para monitorar mudanças nas condições da água. Paula também quer verificar detalhadamente o efeito da tecnologia sobre as máquinas do sistema de bombeamento da usina, que são prejudicadas pelo lodo e os materiais sólidos. A ideia é verificar se o uso das nanobolhas é capaz de melhorar as condições de operação das máquinas.
Segundo a engenheira, testes preliminares realizados em abril de 2017 superaram as expectativas dos pesquisadores. Após o uso do gerador de nanobolhas, a água antes carregada de poluição ficou sem odor e sem cor. As análises laboratoriais revelaram, ainda, outros resultados positivos, com significativa redução de contaminantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário