sábado, 17 de novembro de 2018

Cientistas criam madeira artificial mais resistente à água e ao fogo

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Cientistas criam madeira artificial mais resistente à água e ao fogo

Um novo estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia da China criou uma substância leve que é tão forte quanto a madeira, mas não possui vulnerabilidades ao fogo e à água.

Para criar a madeira sintética, os cientistas, liderados pelo químico de materiais Shu-Hong Yu, adicionaram uma pitada de quitosana, um polissacarídeo encontrado no exoesqueleto de crustáceos, derivado das cascas de camarão e caranguejo, a uma solução de resina sintética (polimérica).
Eles liofilizaram a solução, produzindo uma estrutura com minúsculos poros e canais suportados pela quitosana. Então, aqueceram a resina a temperaturas de até 200 graus Celsius para curá-la, forjando fortes ligações químicas.
O material resultante é tão resistente ao esmagamento quanto a madeira. A liofilização cria canais e poros ainda menores, o que fortalece ainda mais o material. Além disso, temperaturas de cura mais altas aumentam a adesão dentro da resina e a força do material. Por fim, os pesquisadores descobriram que adicionar fibras naturais ou artificiais à mistura também pode ajudar.
Vantagens
Ao contrário da madeira natural, o novo material não requer anos para crescer.
Além do mais, repele facilmente a água – amostras embebidas em água e em um banho ácido forte por 30 dias mal enfraqueceram, enquanto amostras de madeira balsa testadas sob condições similares perderam dois terços de sua força e 40% de sua resistência à compressão.

O material artificial também era difícil de inflamar. Em testes, parou de queimar quando foi removido da chama.
A nova madeira poderia ser usada para criar embalagens resistentes ao desgaste. Sua porosidade empresta uma capacidade de retenção de ar que poderia torná-la adequada como isolamento para edifícios. Alternativas mais ecológicas para a resina polimérica também podem aumentar o interesse pelo material.
Um artigo sobre o estudo foi divulgado na revista científica Science Advances.
Fonte: Hypescience

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