A chuva escassa e o clima quente são fatores que prejudicam o
fornecimento de água na região Centro-Oeste do Brasil. Em Goiás há um
agravante: a bacia hidrográfica do Córrego Caidor – responsável por
abastecer parte da área urbana e rural – está degradada e pode ser
perdida caso não haja um processo de restauração.
Para assegurar o fornecimento de água, pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conversação, da Universidade Federal de Goiás (CB-Lab/UFG), iniciaram estudos na bacia e nos arredores para verificar o nível de desgaste desses locais e propor medidas de recuperação. Há cerca de um ano, a equipe vem trabalhando no diagnóstico ambiental e tenta levantar recursos para dar início ao projeto.
A pesquisadora do laboratório Rafaela Aparecida da Silva saiu de Rio Claro, em São Paulo, para participar dos estudos em Silvânia, no interior de Goiás. Ela explica que o desgaste identificado na região é consequência de anos de uso insustentável dos recursos naturais. “Nós identificamos que a vegetação local está muito devastada e que há muita erosão no solo.
A nossa principal preocupação é praticar ações para o futuro, por mais que a falta de água já aconteça na região”, destaca. A proposta para recuperar essas áreas envolve o plantio de sementes e mudas, além da instalação de cercas para impedir a invasão do gado. Outras medidas são a implantação de medidas de controle mecânico de erosão, como curvas de nível nas propriedades rurais e o desenvolvimento de ações educativas com os produtores locais para mudar a forma de manejo da terra.
Dimensão financeira
Parte da estratégia para tirar o projeto do papel é desenvolver um programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que é um mecanismo de incentivo econômico entregue aos institutos, empresas ou pessoas com iniciativas que beneficiam o meio ambiente. Atualmente conhecida como PSA de Silvânia, a proposta de recuperação da bacia hidrográfica do Córrego Caidor participou do programa de aceleração Oásis, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que oferece suporte técnico no desenvolvimento de iniciativas de PSA.
Rafaela explica que o apoio da Fundação foi fundamental para indicar os caminhos e dar efetividade à proposta. “O projeto começou em dezembro de 2017 e estava em uma fase muito inicial. A parceria com a Fundação ajudou a desenvolver as metodologias e dar direcionamento aos caminhos que o projeto teria que tomar. Conseguimos driblar alguns obstáculos no desenho do projeto. Nós sabíamos o que precisava ser feito e a aceleração nos explicou como fazer”, ressalta.
De acordo com o coordenador de Soluções Baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário, Renato Atanazio, a aceleração é aplicada em algumas iniciativas participantes da Rede Oásis, que promove a valorização de ambientes naturais por meio do PSA.
“A aceleração promove a troca de experiências para capacitar projetos que enfrentam dificuldades operacionais, que costumam estar relacionadas com a falta de ferramentas de planejamento, bem como de recursos financeiros e humanos.
Assim, o programa apoia na resolução de problemas que a equipe do projeto enfrenta. Capacitamos um membro do grupo para que possa transferir esse conhecimento adiante”, explica.
Em 2018, a Fundação Grupo Boticário envolveu cerca de 30 instituições na Rede Oásis – nove delas participaram do programa de aceleração.
Durante quatro meses foi oferecida capacitação com elementos de gestão de projetos e ótica voltada aos negócios. Para Atanazio, a colaboração entre os pesquisadores é o mais importante. “Cada proposta tem uma característica diferente e cada uma delas está em um grau de implementação. Um projeto mais avançado consegue ajudar os mais iniciantes.”
A primeira edição do programa de aceleração foi concluída no final de novembro.
Após passar pelo processo de aceleração, o projeto PSA de Silvânia já foi aprovado pela Câmara dos Vereadores da cidade e deve ser implementado ao longo de 2019. Com a aprovação, esse e outros programas de serviço ambiental devem receber orçamento da prefeitura para entrar em ação. Além do auxílio municipal, o PSA de Silvânia busca parcerias com instituições privadas para expandir a qualidade e impacto do projeto.
Sobre a Fundação Grupo Boticário
A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.
A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. Também promove ações de mobilização, sensibilização e comunicação inovadoras, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.
(#Envolverde)
Para assegurar o fornecimento de água, pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conversação, da Universidade Federal de Goiás (CB-Lab/UFG), iniciaram estudos na bacia e nos arredores para verificar o nível de desgaste desses locais e propor medidas de recuperação. Há cerca de um ano, a equipe vem trabalhando no diagnóstico ambiental e tenta levantar recursos para dar início ao projeto.
A pesquisadora do laboratório Rafaela Aparecida da Silva saiu de Rio Claro, em São Paulo, para participar dos estudos em Silvânia, no interior de Goiás. Ela explica que o desgaste identificado na região é consequência de anos de uso insustentável dos recursos naturais. “Nós identificamos que a vegetação local está muito devastada e que há muita erosão no solo.
A nossa principal preocupação é praticar ações para o futuro, por mais que a falta de água já aconteça na região”, destaca. A proposta para recuperar essas áreas envolve o plantio de sementes e mudas, além da instalação de cercas para impedir a invasão do gado. Outras medidas são a implantação de medidas de controle mecânico de erosão, como curvas de nível nas propriedades rurais e o desenvolvimento de ações educativas com os produtores locais para mudar a forma de manejo da terra.
Dimensão financeira
Parte da estratégia para tirar o projeto do papel é desenvolver um programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que é um mecanismo de incentivo econômico entregue aos institutos, empresas ou pessoas com iniciativas que beneficiam o meio ambiente. Atualmente conhecida como PSA de Silvânia, a proposta de recuperação da bacia hidrográfica do Córrego Caidor participou do programa de aceleração Oásis, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que oferece suporte técnico no desenvolvimento de iniciativas de PSA.
Rafaela explica que o apoio da Fundação foi fundamental para indicar os caminhos e dar efetividade à proposta. “O projeto começou em dezembro de 2017 e estava em uma fase muito inicial. A parceria com a Fundação ajudou a desenvolver as metodologias e dar direcionamento aos caminhos que o projeto teria que tomar. Conseguimos driblar alguns obstáculos no desenho do projeto. Nós sabíamos o que precisava ser feito e a aceleração nos explicou como fazer”, ressalta.
De acordo com o coordenador de Soluções Baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário, Renato Atanazio, a aceleração é aplicada em algumas iniciativas participantes da Rede Oásis, que promove a valorização de ambientes naturais por meio do PSA.
“A aceleração promove a troca de experiências para capacitar projetos que enfrentam dificuldades operacionais, que costumam estar relacionadas com a falta de ferramentas de planejamento, bem como de recursos financeiros e humanos.
Assim, o programa apoia na resolução de problemas que a equipe do projeto enfrenta. Capacitamos um membro do grupo para que possa transferir esse conhecimento adiante”, explica.
Em 2018, a Fundação Grupo Boticário envolveu cerca de 30 instituições na Rede Oásis – nove delas participaram do programa de aceleração.
Durante quatro meses foi oferecida capacitação com elementos de gestão de projetos e ótica voltada aos negócios. Para Atanazio, a colaboração entre os pesquisadores é o mais importante. “Cada proposta tem uma característica diferente e cada uma delas está em um grau de implementação. Um projeto mais avançado consegue ajudar os mais iniciantes.”
A primeira edição do programa de aceleração foi concluída no final de novembro.
Após passar pelo processo de aceleração, o projeto PSA de Silvânia já foi aprovado pela Câmara dos Vereadores da cidade e deve ser implementado ao longo de 2019. Com a aprovação, esse e outros programas de serviço ambiental devem receber orçamento da prefeitura para entrar em ação. Além do auxílio municipal, o PSA de Silvânia busca parcerias com instituições privadas para expandir a qualidade e impacto do projeto.
Sobre a Fundação Grupo Boticário
A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.
A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. Também promove ações de mobilização, sensibilização e comunicação inovadoras, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.
(#Envolverde)
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