O ano que se inicia, hoje, será crucial para o Brasil e o mundo quando o assunto é preservação do meio ambiente. Não são poucas as vozes governamentais e sociais, aqui e no exterior, que continuam e continuarão a defender, com todas as armas disponíveis, a preservação ambiental.
Apesar das poderosas forças que desprezam a realidade e pregam o negativismo, ao não reconhecer que o bem-estar da população mundial depende de um meio ambiente sadio. Fortes interesses econômicos tentam desconstruir a argumentação científica, provada em incontáveis foros internacionais, de que ocorrerá um colapso climático se não houver o comprometimento das nações com o efetivo controle das mais variadas agressões à natureza.
Se a COP-25 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas), realizada na Espanha, no mês passado, pode ser considerada um fracasso, há grande expectativa de que o mesmo não aconteça este ano, na COP-26, que ocorrerá em Glasgow, na Escócia, em novembro. A conferência na capital espanhola não alcançou seu objetivo principal, que era de tornar mais amplas as metas de combate às mudanças climáticas em 2020, como estipulado pelo Acordo de Paris. No acordo firmado em 2015, em solo francês, os 195 países signatários, incluindo o Brasil, se comprometeram a impedir que a temperatura da Terra subisse mais de 1,5 grau Celsius até o final deste século.
O que preocupa a comunidade científica é que as previsões não são nada otimistas. Elas revelam que, se medidas concretas não foram tomadas a tempo, a elevação dos termômetros será muito maior. A realidade vem mostrando aos líderes mundiais que não se pode mais protelar as ações de combate às mudanças do clima. Espera-se que, na capital escocesa, os países que firmaram o Acordo de Paris, finalmente, cumpram o acertado há quatro anos: a regulamentação do mercado de carbono.
Países como o Brasil, Austrália e Estados Unidos — os norte-americanos deixaram o pacto por decisão do presidente Donald Trump, mas só saem, efetivamente, este ano — talvez mudem de opinião e participem da regulação do mercado de carbono, fundamental para o controle da emissão dos gases do efeito estufa, que provoca o aquecimento global. As nações não podem se furtar à responsabilidade de defender o meio ambiente e, consequentemente, a contenção das modificações que o clima vem sofrendo nos últimos tempos, com o processo de industrialização se expandindo por todos os continentes.
Inegável que a interferência descontrolada do homem sobre o clima é sentida em todo o mundo. Hoje, são cada vez mais devastadores os incêndios florestais, as secas prolongadas, os processos de desertificação e as enchentes que provocam mortes e destruição. E o Brasil, que, ao longo dos anos, construiu uma sólida imagem de país comprometido com a preservação da natureza e o controle dos agentes poluidores, não pode jogar fora patrimônio construído com tanta dificuldade.?
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