Campo Grande se torna a “Capital das Araras”
Agora a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, ganhou um novo título. Tornou-se também a “Capital das Araras“. Na semana passada, o prefeito da cidade, Marcos Trad, sancionou um projeto de lei, aprovado na Câmara Municipal, que instituiu o reconhecimento ao município, “em razão de várias espécies de araras que escolheram a cidade como seu habitat e que, diante da sua importância para a fauna local, refletem a necessidade de conservação da biodiversidade e a proteção do meio ambiente”.
Mas o acolhimento de Campo Grande a essas aves ganhou uma grande ajuda com o Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade, idealizado e coordenado por Neiva Guedes, do Instituto Arara Azul, que faz o monitoramento de ninhos na capital. Falamos dele, nesta outra reportagem, em 2015.
“Essa lei mostra um respeito e reconhecimento ao nosso trabalho ao longo dos anos. Araras-canindé e vermelhas chegaram aqui em 1999-2000 e encontraram comida e abrigo. Começaram a se reproduzir e hoje já temos mais de 300 ninhos cadastrados em área urbana. Aqui estamos conseguindo conciliar o desenvolvimento e a conservação da biodiversidade”, afirma Neiva. “Campo Grande virou um centro de reprodução e hoje filhotes que nascem aqui permanecem o ano inteiro ou dispersam para o interior do estado”.
Segundo a bióloga, conhecida como a “Guardiã das Araras-Azuis” e é uma referência mundial em conservação, já foram encontrados indivíduos nascidos e anilhados em Campo Grande a mais de 120 km e 200 km da capital, dois anos após o nascimento.
Casal na borda do ninho
O Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade também se tornou modelo para outras cidades do país e da América do Sul.
A assinatura da nova lei aconteceu na sede do Instituto Arara Azul. Ela estabelece também o dia 22 de setembro como o Dia Municipal de Proteção das Araras.
Um dos centenas de ninhos monitorados em Campo Grande
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Fotos: Larissa Tinoco (abertura e casal de araras) e Neiva Guedes (ninho)
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.
Agora a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, ganhou um novo título. Tornou-se também a “Capital das Araras“. Na semana passada, o prefeito da cidade, Marcos Trad, sancionou um projeto de lei, aprovado na Câmara Municipal, que instituiu o reconhecimento ao município, “em razão de várias espécies de araras que escolheram a cidade como seu habitat e que, diante da sua importância para a fauna local, refletem a necessidade de conservação da biodiversidade e a proteção do meio ambiente”.
Mas o acolhimento de Campo Grande a essas aves ganhou uma grande ajuda com o Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade, idealizado e coordenado por Neiva Guedes, do Instituto Arara Azul, que faz o monitoramento de ninhos na capital. Falamos dele, nesta outra reportagem, em 2015.
“Essa lei mostra um respeito e reconhecimento ao nosso trabalho ao longo dos anos. Araras-canindé e vermelhas chegaram aqui em 1999-2000 e encontraram comida e abrigo. Começaram a se reproduzir e hoje já temos mais de 300 ninhos cadastrados em área urbana. Aqui estamos conseguindo conciliar o desenvolvimento e a conservação da biodiversidade”, afirma Neiva. “Campo Grande virou um centro de reprodução e hoje filhotes que nascem aqui permanecem o ano inteiro ou dispersam para o interior do estado”.
Segundo a bióloga, conhecida como a “Guardiã das Araras-Azuis” e é uma referência mundial em conservação, já foram encontrados indivíduos nascidos e anilhados em Campo Grande a mais de 120 km e 200 km da capital, dois anos após o nascimento.
Casal na borda do ninho
O Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade também se tornou modelo para outras cidades do país e da América do Sul.
A assinatura da nova lei aconteceu na sede do Instituto Arara Azul. Ela estabelece também o dia 22 de setembro como o Dia Municipal de Proteção das Araras.
Um dos centenas de ninhos monitorados em Campo Grande
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Fotos: Larissa Tinoco (abertura e casal de araras) e Neiva Guedes (ninho)
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.
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