Países da Celac apoiam candidatura de Belém como sede da
Cúpula do Clima da ONU
A COP-30 ocorrerá em 2025. A sede da conferência será
escolhida neste ano, durante realização da COP-28, em dezembro, nos Emirados
Árabes (Crédito: Ricardo Stuckert/ PR)
24/01/23 - 16h45 - Atualizado em 24/01/23 - 18h29
Os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos (Celac) vão manifestar nesta terça-feira, dia 24, apoio à
candidatura brasileira para sediar a Cúpula do Clima (COP-30) das Nações
Unidas, na Amazônia. O gesto foi negociado pelo Itamaraty e consta no rascunho
da Declaração de Buenos Aires, uma carta que será adotada entre os
países-membros.
No texto da declaração os representantes dos países vão
dizer que saúdam a candidatura brasileira, um indicativo de apoio em futuras
votações no âmbito das Nações Unidas, conforme diplomatas a par das
negociações.
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propõe à Celac criar área de livre-comércio na região
A COP-30 ocorrerá em 2025. A sede da conferência será
escolhida neste ano, durante realização da COP-28, em dezembro, nos Emirados
Árabes.
A 7ª Cúpula da Celac, realizada na capital da Argentina,
reúne representantes, como chefes de Estado e de governo, ministros e
chanceleres, de 33 países latino-americanos e caribenhos. A edição marca o
retorno do Brasil ao mecanismo de coordenação multilateral, do qual saíra no
governo Jair Bolsonaro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a proposta de
uma conferência climática amazônica antes mesmo de assumir o atual mandato. Já
no poder, formalizou Belém (PA) como cidade-sede, em 12 de janeiro. Antes, Lula
vai convocar uma Cúpula dos Países Amazônicos.
Conforme diplomatas, o Brasil manifestou o pedido de apoio a
sua candidatura às demais nações da Celac para também verificar se havia outros
interessados, entre os vizinhos e entorno, em sediar a COP-30.
“O apoio que estamos recebendo dos países da CELAC é
indispensável para que possamos mostrar ao resto do mundo a riqueza de nossa biodiversidade,
o potencial do desenvolvimento sustentável e da economia verde, além, é claro,
da importância de preservação do meio ambiente e do combate à mudança do
clima”, disse Lula, em discurso na abertura do encontro em Buenos Aires.
Durante o governo Jair Bolsonaro, o Brasil desistiu de
receber a COP-25, em 2019. O Chile assumiu a organização, mas ela foi
transferida para Madri, na Espanha, por causa de protestos sociais que causavam
insegurança no país andino. Outros países como Colômbia e Costa Rica também
assumiram mais posições de protagonismo nas discussões climáticas, no vácuo
deixado por Bolsonaro.
Em declaração conjunta após reunião bilateral entre Lula e
Alberto Fernández, o Brasil havia conseguido apoio da Argentina à realização da
COP-30 em Belém.
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