sábado, 15 de abril de 2023

O novo plano de controle do desmatamento da Amazônia está disponível para consulta pública até 26/4: participe!

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PPCDAM (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), tão comentado por Marina Silva desde que foi escolhida pelo presidente Lula para ser ministra do meio ambiente e do clima, foi lançado por ela em 2004 como resposta governamental às crescentes taxas de desmatamento na Amazônia.

Seu objetivo era reduzir, de forma contínua, as taxas de desmatamento e criar condições para promover a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. Ele se refere à criação pelo Inpe do sistema de monitoramento em tempo real que passou a fornecer diariamente alertas a partir da análise de imagens de satélite.

PPCDam foi o principal responsável pela redução de 63,5% da taxa de desmatamento até 2019, quando foi extinto pelo governo Bolsonaro. Com Lula, o plano voltou e está em sua 5ª fase.

Foto: MMA/divulgação

Desde 10 de abril, quando a ministra assinou a Portaria Nº 432 (foto ao lado) o novo PPCDAm (veja o documento completo) está disponível para consulta pública e receberá contribuições até 26 deste mês.

Até agora – às 17h05 do dia 14/4, foram registradas 88 contribuições.

Com o aumento recorde da taxa nos últimos quatro anos, o governo federal editou, em 1º de janeiro, o Decreto nº 11.367/2023, que instituiu a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento (como contamos aqui), restabeleceu o PPCDAm e definiu novas estratégias para os Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado, na Mata Atlântica, na Caatinga, no Pampa e no Pantanal.

A elaboração do PPCDAm foi coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente – e a Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial -, com a participação direta de outros 12 ministérios e de diversos órgãos federais que compõem a Subcomissão Executiva instituída pelo Decreto nº 11.367/2023.

Após análise da dinâmica do desmatamento na Amazônia, foram detalhados 12 objetivos estratégicos, divididos em 4 eixos:

Eixo I – Atividades Produtivas Sustentáveis 

Objetivo 1. Estimular atividades produtivas sustentáveis 
Objetivo 2. Promover o manejo florestal sustentável e a recuperação de áreas desmatadas ou degradadas 
Objetivo 3. Fortalecer a articulação com os estados da Amazônia Legal nas ações de fomento às atividades sustentáveis 

Eixo II – Monitoramento e Controle Ambiental 

Objetivo 4. Garantir a responsabilização pelos crimes e infrações administrativas ambientais ligadas ao desmatamento e à degradação florestal 
Objetivo 5. Aprimorar a capacidade de monitoramento do desmatamento, de incêndios, da degradação e de cadeias produtivas 
Objetivo 6. Prevenir e combater a ocorrência de incêndios florestais
Objetivo 7. Fortalecer a articulação com os estados da Amazônia Legal nas ações de fiscalização ambiental 

Eixo III – Ordenamento Territorial e Fundiário 

Objetivo 8. Garantir a proteção das terras públicas não destinadas 
Objetivo 9. Ampliar e fortalecer a gestão das áreas protegidas 
Objetivo 10. Avançar na regularização ambiental com o aprimoramento do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – SICAR  
Objetivo 11. Alinhar o planejamento dos grandes empreendimentos de infraestrutura com a meta de desmatamento zero até 2030 

Eixo IV – Instrumentos Normativos e Econômicos 

Objetivo 12. Implementar (criar, aperfeiçoar) instrumentos normativos e econômicos para controle do desmatamento 

Esta 5ª fase do plano apresenta 176 linhas de ação para 36 resultados esperados, com destaque para:
– o fortalecimento da bioeconomia; estímulos ao manejo florestal sustentável e restauração florestal;
– a garantia da responsabilização pelos crimes e infrações ambientais;
– o aprimoramento do monitoramento do desmatamento e de incêndios florestais;
– a garantia da proteção das terras públicas não destinadas e aprimoramento da gestão das áreas protegidas; avanço da regularização ambiental; e
– o aperfeiçoamento de instrumentos normativos e econômicos para implementação de medidas mais efetivas para o controle do desmatamento e fortalecimento institucional.

O governo federal determinou que as questões ambientais sejam tratados de forma transversal, com o objetivo de incentivar o uso sustentável da florestacombater a grilagem de terras públicas e atingir todos os elos das cadeias de ilícitos ambientais.

A meta para a Amazônia Legal é de desmatamento zero até 2030.

Foto: Neil Palmer/CIAT/Creative Commons/Flickr

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