sábado, 15 de abril de 2023

Novo satélite de parceria Brasil e China será mais um aliado no monitoramento da Amazônia

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Novo satélite de parceria Brasil e China será mais um aliado no monitoramento da Amazônia

Novo satélite de parceria Brasil e China fará monitoramento da Amazônia com mais precisão

Entre os 15 acordos comerciais e parcerias assinados nesta sexta-feira entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, durante encontro em Pequim, está o desenvolvimento e uso conjunto de um novo satélite, de uso não militar, que servirá como mais um instrumento para o monitoramento da Amazônia.

Segundo informações divulgadas inicialmente, o CBERS-6 terá “aplicações pacíficas de ciência e tecnologia do espaço”.

Ainda de acordo com reportagem publicada pela coluna Tilt, do portal UOL, o novo satélite terá um custo de US$ 140 milhões, cerca de R$ 752 milhões, que será dividido entre os dois países. A assinatura do acordo entre os governos brasileiros e chinês retoma a parceria já existente do Programa de Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, que existe há mais de 30 anos.

A Agência Espacial Brasileira (AEB) explica que o CBERS-6 será um satélite de monitoramento por radar. A grande diferença é que atualmente o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) utiliza satélites ópticos, que captam imagens da floresta. Acontece que, quando há uma grande quantidade de nuvens ou por exemplo, durante a noite, o monitoramento fica comprometido.

Com a nova ferramenta, será possível coletar informações adicionais da Amazônia e ter melhores dados sobre índices de desmatamento, queimadas, mudanças de solo e áreas de garimpo.

“Empregamos hoje a tecnologia óptica, que na verdade, é a captação de imagens. Com o radar, o satélite vai nos permitir observar objetos sem necessariamente ter a visão ou luminosidade do Sol. Poderemos fazer imagens em condições noturnas e com coberturas de nuvens e de florestas para enxergar o solo. Na Amazônia, existem meses com bastante cobertura de nuvens. É difícil monitorar essas áreas com satélites de tecnologia óptica. O radar vem complementar por passar a radiação através das nuvens”, afirmou Carlos Moura, presidente da AEB ao UOL.

Todas as imagens coletadas pelo CBERS-6 serão públicas.

“O objetivo não é defesa. A ideia é fazer imagens de grandes áreas. Vamos monitorar grandes áreas de preservação ambiental, assim como observação de agricultura e outras aplicações relacionadas”, garante Moura.

Desde o início do programa CBERS, Brasil e China já desenvolveram seis satélites juntos. O primeiro deles foi lançado em 1999. A previsão é que este novo fique pronto em quatro anos. O lançamento será feito de uma base chinesa.

Cada país será responsável por controlar o CBERS-6 por um determinado período de meses, ainda a ser definido no contrato. No Brasil, o Inpe fará sua operação.

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Foto de abertura: Ricardo Stuckert/PR/Fotos Públicas

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