Proteção Animal Mundial apoia simpósio sobre bem-estar
animal na América Latina
18/04/2023
Evento reuniu organizações em prol da causa animal, empresas
do setor de alimentação, pesquisadores e outras partes interessadas para
debate.
Compartilhe
Nos últimos dias 12 e 13 de abril, a Proteção Animal Mundial
apoiou a realização do Simpósio “Definindo o futuro do bem-estar animal na América Latina”, realizado
pela startup social Produtor do Bem. O evento teve como objetivo discutir as
tendências e iniciativas para um novo patamar de bem-estar para os frangos de
corte.
A urgência de melhores padrões de bem-estar animal com
técnicas de manejo mais sustentáveis nunca esteve tão em pauta na América
Latina como neste ano. Com o cenário sanitário exigindo muitos esforços na
prevenção da Influenza Aviária, as discussões sobre as exigências de mercado e
consumo, além das conversas sobre as constantes mudanças regulatórias nas
articulações entre a cadeia produtiva, a academia, órgãos governamentais e a
sociedade civil organizada, ganharam mais destaque.
Lisa Gunn, Diretora Executiva da Proteção Animal Mundial no
Brasil, abriu o evento trazendo a perspectiva da organização. “Trabalhamos para
garantir que os animais de produção vivam bem, transformando o sistema
alimentar global e as atitudes em relação ao bem-estar dos animais de produção.
Temos a responsabilidade conjunta de trabalhar por um mundo onde o respeito
pelos animais e pela natureza esteja no centro de nosso sistema alimentar, que
seja equitativo, sustentável, resiliente e capaz de alimentar o mundo",
afirmou Lisa.
A Proteção Animal Mundial também foi representada por Daniel
Cruz, Coordenador de Bem-Estar Animal no Brasil, e Victor Yamo, Gerente
de Campanhas de Sistemas Alimentares da no Quênia. Ambos abordaram a tendência
dos consumidores atuais e ONGs frente ao bem-estar.
“Por anos, as práticas cruéis de produção animal prosperaram
e contribuíram para baixos índices de bem-estar animal, danos à saúde pública e
prejuízos ao meio ambiente. Muitos impactos antes estavam invisíveis à maioria
dos consumidores, como o desmatamento causado pelas plantações de soja para
produzir ração ou o uso exagerado de antibióticos nas produções pecuárias
intensivas. Hoje, esses impactos são vistos como riscos à saúde única (pessoas,
animais e ambiente), mas essa conscientização precisa ser ampliada",
comenta Karina Ishida, Coordenadora de Bem-Estar Animal na Proteção Animal no
Brasil.
O evento também discutiu estratégias de sustentabilidade
ambiental, social e de governança corporativa (ESG), ações corporativas e as
iniciativas e colaboração da indústria no bem-estar de frangos de
corte, promovendo debates saudáveis entre todos os elos da cadeia
produtiva da avicultura: universidades, produtores, indústria, companhias de
alimentação e organizações da sociedade civil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário