Único pangolim preto e com maior cauda dentre todas as espécies é flagrado por armadilha fotográfica
O pangolim é o animal mais traficado do mundo. Estima-se que, na última década, um milhão deles tenham sido retirados de seu habitat e mortos para atender a demanda de países da Ásia, sobretudo, China e Vietnã. Nesses lugares sua carne é considerada uma iguaria e suas escamas usadas na medicinal tradicional chinesa.
Único mamífero coberto por escamas, constituídas por queratina, a mesma substância dos nossos cabelos e unhas, o pangolim alimenta-se exclusivamente de formigas e térmitas. Essa pequena criatura que, quando assustada, se enrola numa bola para se proteger, não representa nenhuma ameaça para os seres humanos. Por outro lado, o homem é a sua principal ameaça.
Existem oito espécies de pangolins no mundo: quatro na África e quatro na Ásia. Todas elas estão incluídas no Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), o nível mais elevado de proteção internacional.
Organizações em diversos países, onde uma (ou várias) das espécies ocorrem trabalham pela conservação desses animais. É o caso da Fauna & Flora, que apoia os esforços de parceiros na África.
Foi em florestas da região de Ziama, na Guiné, que armadilhas fotográficas instaladas no alto das árvores, flagraram um pangolim-da-barriga-preta (Phataginus tetradactyla), a única espécie com a pele negra e a cauda mais longa dentre todas as espécies existentes.
A imagem obtida pela equipe do Centre Forestier de N’Zérékoré (CFZ) mostra a impressionante cauda, que tem o dobro do tamanho do corpo, cerca de 70 cm.
Esse pangolim arbóreo, possui 75 vértebras e 47 delas estão no rabo. Assim como o pangolim-da-barriga-branca (Phataginus tricuspis), se diferencia daqueles que ficam no chão pelo tamanho menor, garras do primeiro membro anterior muito pequenas, olhos maiores, disposição irregular das escamas e presença de almofadas na cauda usadas para escalar.
O projeto de instalação de armadilhas fotográficas acima do solo era uma iniciativa piloto. Com o sucesso obtido, era será ampliado e novas câmeras colocadas em escala maior.
*Com informações adicionais do USAID Wildlife Asia, WWF e IUCN SSC Pangolin Specialist Group
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