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Acusado de desmates doa 10 mil ha e pagará R$ 5 milhões para
parque
Acordo com MPMT envolver danos ambientais no Pantanal, mas
agropecuarista sofre denúncias também na Amazônia
5 de julho de 2023
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Um acordo assinado entre o Ministério Público do Estado de
Mato Grosso e Edio Nogueira levou à doação de 10 mil ha pelo agropecuarista no
Pantanal, em Itiquira, a 360 km da capital Cuiabá. Na área deve ser criado um
parque municipal.
O aperto de mãos determinou,
ainda, o pagamento de uma indenização de R$ 5 milhões para assegurar a criação
e gestão da reserva, que promete ser a maior do gênero no bioma. Metade deve ser
paga em dinheiro e o restante em créditos de carbono ou com outra área de
interesse ambiental.
Em 2019, a Promotoria de Justiça de Itiquira instaurou
inquérito civil para apurar os repetidos danos ambientais na fazenda Santo
Antônio do Paraíso. O imóvel havia sido comprado no ano anterior por Édio Nogueira e
sua Agropecuária Rio da Areia.
Uma década antes, em 2009, a revista Época denunciou ofertas
para venda da
propriedade nos Estados Unidos, com “espécies como o jaguar, anaconda, cervo,
capivara, tuiuiú e mais de 640 variedades de pássaros”.
Em 2022, o Ministério Público propôs uma ação para reparar
ao menos 4.613 ha de vegetação nativa destruídos no imóvel, desde 2015. Mesmo
com danos anteriores à compra de Nogueira, a reparação cabe aos donos atuais.
A Veja posicionou Nogueira como um dos maiores desmatadores da Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020. Mais de R$ 50 milhões em multas por desmate e matança de árvores com agrotóxicos foram registrados numa de suas fazendas. O imóvel é vizinho do Parque Nacional do Xingu.
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