Brigadistas e bombeiros do Brasil se unem a esforços multinacionais para combater incêndios no Canadá
Essa já é considerada a pior temporada de incêndios florestais da história do Canadá. Desde meados de abril até agora, são quase 11 milhões de hectares de vegetação destruídos pelo fogo, em comparação a 1,4 milhão de hectare no ano todo de 2022. Desde a década de 80, apenas em 1995 a devastação tinha sido tão grande – 7 milhões de hectares -, mas nem se compara à tragédia que acontece atualmente.
Nesta quarta-feira são 885 focos ativos de fogo e 563 deles estão fora de controle. As províncias mais afetadas são a da Colúmbia Britânica, Yukon e Quebec, segundo dados do Canadian Interagency Forest Fire Centre.
Hoje o governo do Brasil anunciou que 104 brigadistas do Ibama , ICMBio, Força Nacional de Segurança e bombeiros de diversos estados do país irão se juntar aos esforços multinacionais para tentar controlar os incêndios. A ação, considerada uma missão humanitária, será coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores.
Em junho, bombeiros de diversos países já tinham sido enviados para o Canadá. Profissionais da França, Estados Unidos, Nova Zelândia e África do Sul se juntaram ao difícil trabalho de controlar os focos de fogo.
Brigadistas e bombeiros brasileiros recebem informações antes do embarque para o Canadá
(Foto: divulgação Ibama)
O calor recorde que está atingindo o Hemisfério Norte nas últimas semanas só faz piorar a situação porque torna a vegetação ainda mais seca, ou seja, o cenário ideal para as chamas se espalharem rapidamente.
O Canadá abriga 9% das florestas do mundo. Em geral, a temporada de incêndios no país começa em meados de maio e vai até outubro. Entretanto, o que se tem observado em 2023 é um número muito maior de focos de fogo.
11 mil hectares queimados até agora e 885 focos ativos neste 18 de julho
(Imagem: CIFFC)
Na Europa, Itália e Grécia também estão lutando contra incêndios sem controle. Como bem explicou a análise feita pelo Observatório do Clima, do Líbano ao Rio Grande do Sul, a Terra cobra mais uma vez o preço da nossa inação.
Gráfico mostra a área anual queimada entre 1980 e 2023
(Imagem: CIFFC)
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Foto de abertura: reprodução Facebook Nova Scotia Government
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