quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Presente de Distrital


Se existisse um presente absolutamente rejeitável, seria o criado na oficina da Câmara Legislativa. Em dobradinha com o GDF, o pacotão seria para os contribuintes brasilienses arcarem com uma conta de mais de R$ 120 milhões referentes às rescisões trabalhistas dos rodoviários dispensados das empresas privadas que não fizeram o dever de casa.

O papel dessas empresas de transporte público nunca foi prestar um bom serviço à comunidade. Em compensação, nunca falharam durante as campanhas políticas do DF.

O mais bizarro nesta história de Natal que se transformará em história de ano-novo é que os distritais, que deveriam honrar a confiança dos eleitores, preferiram proteger os maus empresários, espetanto a fatura nas costas do contribuinte.

Manipulados pelos antigos patrões, os rodoviários ainda ameaçaram paralisar toda a cidade. Em meio a tentativa de lockout dessas empresas, o Conselho do Tribunal de Justiça do Distrito Federal acolheu o pedido de liminar interposto pela OAB e pelo Ministério Público, decidiu suspender a responsabilidade do DF por verbas trabalhistas de rodoviários, até que seja apreciado o mérito da questão.

Foi necessária a intervenção da OAB e do MP para que a população fosse colocada a salvo desse presente de distrital.

Num balanço rápido de 2013, as três principais tentativas da Câmara Legislativa de lesar o cidadão (PPCub, Luos e indenização dos rodoviários) tramadas neste ano ainda não tiveram o êxito que esperavam os políticos. Em 2014, cabe ao eleitor cidadão retribuir o descaso com o voto bem dado.

A frase que não foi pronunciada

“Os políticos estão sempre pensando no próximo... mandato.”

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