Invasão prospera no Setor de Embaixadas
Apesar
de considerada ilegal pelo governo do DF, ocupação não para de crescer
na altura da 813 Sul, onde deveriam haver somente representações
estrangeiras.
Na tarde de ontem, homem erguia muro ao redor de uma das residências: dono admite ser invasor e aposta na antiguidade de outras construções.
Por: » MARA PULJIZ - Correio Braziliense
Uma invasão instalada há décadas se esconde às margens da Avenida das Nações e atrás de uma universidade na 614 Sul, em uma área considerada nobre do Plano Piloto. São mais de 50 casas de alvenaria — entre elas muitos templos religiosos — erguidas no Setor de Embaixadas, onde deveria haver somente representações diplomáticas. Sem a atuação do Estado, a ocupação irregular não para de crescer, mesmo com decisões judiciais contrárias aos invasores. O Correio flagrou um homem erguendo os muros de uma residência, na tarde de ontem. Ao lado, um centro espírita anunciava em uma placa a existência de estacionamento privativo.
Localizada na altura da 813 Sul, a invasão é defendida por uns em razão da antiguidade e da tradição cultural e religiosa, mas também é uma das preocupações de especialistas em razão do desvirtuamento do projeto original traçado pelo urbanista Lucio Costa, que dividiu Brasília em blocos numerados e setores para atividades pré-determinadas.
Na 813 Sul, um vão de terra separa a ocupação da única instalação internacional da quadra, a Embaixada da República Popular da China. A poucos metros dali, é possível encontrar edificações aparentemente recentes, mas com placas de endereço e energia elétrica (!!!). Em muitas, os lotes abrigam mais de uma construção. Na tarde de ontem, um homem montava as colunas e preparava o cimento para erguer os muros de uma casa. Ele não quis se identificar, mas disse morar na região há 15 anos. “Não vou sair daqui porque não vou morar com meus filhos embaixo de um viaduto”, ressaltou.
O pedreiro revelou que fiscais estiveram no local há quase dois anos e não voltaram mais. “Perdi as contas de quantas vezes falaram que iam derrubar as casas daqui. Nunca conseguiram, porque entramos na Justiça”, contou. “Brasília em si foi feita de invasões e eu estou fazendo isso aqui (erguendo o muro) para ninguém entrar na minha casa e roubar as minhas coisas”, completou.
Na tarde de ontem, homem erguia muro ao redor de uma das residências: dono admite ser invasor e aposta na antiguidade de outras construções.
Por: » MARA PULJIZ - Correio Braziliense
Uma invasão instalada há décadas se esconde às margens da Avenida das Nações e atrás de uma universidade na 614 Sul, em uma área considerada nobre do Plano Piloto. São mais de 50 casas de alvenaria — entre elas muitos templos religiosos — erguidas no Setor de Embaixadas, onde deveria haver somente representações diplomáticas. Sem a atuação do Estado, a ocupação irregular não para de crescer, mesmo com decisões judiciais contrárias aos invasores. O Correio flagrou um homem erguendo os muros de uma residência, na tarde de ontem. Ao lado, um centro espírita anunciava em uma placa a existência de estacionamento privativo.
Localizada na altura da 813 Sul, a invasão é defendida por uns em razão da antiguidade e da tradição cultural e religiosa, mas também é uma das preocupações de especialistas em razão do desvirtuamento do projeto original traçado pelo urbanista Lucio Costa, que dividiu Brasília em blocos numerados e setores para atividades pré-determinadas.
Na 813 Sul, um vão de terra separa a ocupação da única instalação internacional da quadra, a Embaixada da República Popular da China. A poucos metros dali, é possível encontrar edificações aparentemente recentes, mas com placas de endereço e energia elétrica (!!!). Em muitas, os lotes abrigam mais de uma construção. Na tarde de ontem, um homem montava as colunas e preparava o cimento para erguer os muros de uma casa. Ele não quis se identificar, mas disse morar na região há 15 anos. “Não vou sair daqui porque não vou morar com meus filhos embaixo de um viaduto”, ressaltou.
O pedreiro revelou que fiscais estiveram no local há quase dois anos e não voltaram mais. “Perdi as contas de quantas vezes falaram que iam derrubar as casas daqui. Nunca conseguiram, porque entramos na Justiça”, contou. “Brasília em si foi feita de invasões e eu estou fazendo isso aqui (erguendo o muro) para ninguém entrar na minha casa e roubar as minhas coisas”, completou.
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