Atualizado em 8 de julho, 2014 - 19:12 (Brasília) 22:12 GMT
O futebol brasileiro esperou 64
anos por um novo Mundial no Brasil, mas a equipe não repetiu o embalo da
Copa das Confederações, perdeu a principal estrela para o jogo mais
complicado e acabou dando adeus às chances de conquistar o sexto título
de sua história com um vexame histórico frente à Alemanha, que atropelou
e venceu a semifinal por elásticos 7 a 1.
Se em 1950 o trauma se deu numa derrota por 2 a 1 para o Uruguai quando um Maracanã lotado se frustrou ao ver o Brasil perder um título que parecia certo - o famoso Maracanazo -, a derrota em 2014 aconteceu um jogo antes da decisão do título e ficará marcada como a maior goleada sofrida na história da seleção brasileira em mundiais, superando os 3 a 0 da final de 1998, contra a França.
Sem vantagem
A comoção na hora do hino, que virou a marca da equipe nacional por ser entoado à capela pela torcida em 2013, passou a acontecer também com outras equipes.
A emoção dos jogadores brasileiros, um trunfo até então, chegou ainda a ser colocada em cheque quando os atletas admitiram a dificuldade em se controlar diante de tanta pressão por jogar um torneio desta grandeza no Brasil.
Em campo, a equipe teve grandes dificuldades em impor o seu jogo durante toda a competição e passou a ter, desde cedo, titulares questionados por torcida e imprensa, como Daniel Alves, Paulinho e Fred.
O futebol de muita intensidade e gols no início não se repetiu - dos cinco jogos da Copa das Confederações, em três o Brasil marcou antes dos dez minutos, feito conseguido apenas uma vez neste Mundial -, até a equipe sucumbir de forma impressionante frente ao primeiro grande rival.
Ainda que não tenha tido uma trajetória brilhante - três vitórias, dois empates e uma derrota - o desempenho foi o suficiente para colocar a seleção pela 11ª vez entre os quatro melhores da Copa. Agora, a equipe de Luiz Felipe Scolari busca no sábado chegar pela décima vez entre os três primeiros: são cinco títulos, dois vice-campeonatos e, em caso de vitória no jogo do final de semana (contra o perdedor de Holanda x Argentina), seria a terceira vez do Brasil no terceiro lugar do Mundial.
Campanha
Toda a preparação foi muito elogiada pela comissão técnica e jogadores, e a própria convocação não criou maiores polêmicas como em outras oportunidades.
Nos primeiros jogos da Copa do Mundo, a seleção não conseguiu repetir a estratégia de começar o jogo no embalo da torcida e marcando um gol logo no início das partidas para impressionar os visitantes. Contra a Croácia, a seleção saiu atrás do placar antes de vencer por 3 a 1; diante do México, não saiu de um empate sem gols.
Frente à seleção de Camarões, a equipe não chegou a brilhar, mas fez 4 a 1 num dos piores times da Copa com boa atuação principalmente no segundo tempo, quando Fernandinho ganhou o lugar de Paulinho no time titular.
A primeira fase terminava, portanto, com duas vitórias, um empate e o consenso no elenco da seleção que a equipe precisava melhorar para a fase final.
Neymar, grande estrela do time na primeira Copa do Mundo na carreira e aos 22 anos de idade, correspondeu com quatro gols; os zagueiros, considerados dois dos melhores do mundo, seguiram elogiados; mas outros jogadores importantes não tiveram a mesma inspiração da Copa das Confederações.
Lágrimas
Contra o Chile, nas oitavas de final, um gol do zagueiro David Luiz colocou o Brasil na frente, mas os chilenos empataram e quase viraram o jogo no último minuto da prorrogação, quando Pinilla chutou no travessão - o Brasil avançou nos pênaltis com duas defesas de Júlio César.No jogo, chamou a atenção o choro dos jogadores da seleção pouco antes de bater os pênaltis. A imagem de Thiago Silva sentado na bola com lágrimas nos olhos levou a questionamentos sobre o estado emocional dos jogadores.
Diante da Colômbia, novamente dois gols de zagueiros - Thiago Silva, após escanteio, e David Luiz, de falta - abriram vantagem para o Brasil, que viu o rival descontar e pressionar até o fim.
A lesão de Neymar, já nos últimos minutos da partida, repercutiu pelos dias seguintes, com a saída do jogador da competição em razão de uma fratura na vértebra da coluna lombar. Tanto o camisa 10 como o capitão Thiago Silva, suspenso, desfalcaram o time no jogo mais difícil até então, diante da poderosa Alemanha.
No Mineirão, o jogo foi decidido em pouquíssimo tempo, quando Muller aproveitou cruzamento para abrir o placar aos 11 minutos e Khedira marcava já o quinto aos 29 do primeiro tempo. Kroos, duas vezes, e Klose, que se tornou o maior artilheiro da história das Copas com 16 gols, completaram o placar do primeiro tempo; Schurrle, com dois gols, ampliou, e Oscar marcou o de honra nos acréscimos: Brasil 1 x 7 Alemanha.
COMENTÁRIOS
Luiz
É
isso aí galera, agora vamos acordar e dar um pouquinho de atenção ao
que está rolando no Brasil extra copa, políticos corruptos e condenados
se candidatando, corrupção e negócios ilegais da Fifa, atenção as
vitimas e punição ao viaduto de BH...ah claro as eleições estão
chegando!!