Não há explicação.
A Petrobras planeja demitir 8.500 funcionários até 2016, cerca de 10% do
seu quadro de pessoal. Até agora 3.194 já aceitaram a demissão, em
troca de milionárias indenizações. É gente da área de produção, na sua
maioria, praticamente ninguém da área administrativa, financeira,
jurídica, distantes da atividade-fim.
Se a Petrobras está com excesso de pessoal, é mais uma prova do
aparelhamento da maior estatal brasileira pelo PT, ocorrido,
principalmente, nos oito anos em que a caneta mais poderosa por lá era
de Dilma Rousseff.
Se a Petrobras não está com o quadro funcional inchado, o que está
ocorrendo é um corte de custos, decorrente da má gestão que transformou a
companhia na estatal mais endividada do mundo, fazendo com que ela
perdesse metade do valor de mercado nos últimos três anos.
A empresa planeja economizar R$ 13 bilhões até 2018, com o corte destes
4.500 funcionários. Para isso vai torrar, em 2014, R$ 2,4 bilhões, já
provisionados no primeiro trimestre, reduzindo em R$ 1,6 bilhão o lucro
da companhia.
A pergunta é: se a moda pega? Se as grandes empresas brasileiras, em
nome de redução de custos, em vez de buscar novos mercados, criar novos
produtos, obter ganhos de produtividade, optarem por simplesmente
demitir funcionários? O que o governo do PT vai poder dizer, tendo em
vista que esta é a receita aplicada pela Petrobras?
Nos últimos 5 anos, as ações da Petrobras caíram 37%, enquanto as suas
concorrentes tiveram um ganho de 70%. A maior estatal brasileira está na
contramão do mercado. E até mesmo do próprio governo petista, que
propagandeia ser tão zeloso com a geração de empregos. Com a palavra a
presidente Dilma Rousseff, a maior responsável pelos escândalos de
Pasadena, pelo superfaturamento de Abreu e Lima, pelos escabrosos
negócios com plataformas de petróleo e, como se não bastasse, pela
destruição de 8.500 empregos qualificados na Petrobras.
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