É raro algum literato fazer críticas ao governo. A maioria, quando não
indiferente, gosta mesmo é de aplaudir quem está no poder. O escritor
Ignácio de Loyola Brandão se arrepende de não ter levado os netos à
manifestação da Paulista, no histórico 15 de março, por medo dos black
blocs e do "exército de Lula". Diante das ameaças, tinha razão mesmo. O
exército de Lula, porém, revelou-se tão covarde quanto o próprio.
Espero que Brandão arregimente os netos para o próximo dia 12 de abril.
Do lado errado ele não está. O Brasil perdeu o medo do nefasto
lulopetismo:
(...) Acabamos não indo para a Paulista, não levamos os três garotos.
O medo da violência, dos que são pagos para isso, vândalos e black
blocs, do "exército de Lula", foi maior. Nos arrependemos na
segunda-feira ao olhar uma foto maravilhosa de Hélvio Romero, que
deveria se tornar uma bandeira e disparar pela rede social. Significa:
paz. Na primeira página do dia 16, este jornal publicou a imagem de
quatro crianças sorridentes, copos de refrescos na mão, sorrindo
tranquilas, fascinadas com a manifestação. Atrás delas, dezenas de
policiais com escudos, linha de frente de guerreiros ferozes que não
precisaram entrar em ação. Estamos crescendo. Eles, aqueles que nos
chamam de "outros" e nos desprezam dizendo que somos 'elites", sabem que
vão cair. Todos sabem quem são eles. Todos sabem seus nomes, o que
fazem (ou não fazem), o destino final. Estamos de olho em cada um. Até
podermos dizer aquela frase antiga: Conheceu, papudo? Ou melhor, Papuda!
(Íntegra, no Estadão).
Nenhum comentário:
Postar um comentário