domingo, 26 de abril de 2015

Considerações sobre nosso cenário atual

terça-feira, 21 de abril de 2015



Bom dia 



Você já deve ter reparado mas as notícias ultimamente estão escandalosamente repetitivas. Fala-se, somente, em Dilma, corrupção, fofocas palacianas e atividades da operações da Pol Federal e indicações do STF. 





Estão, uma vez mais, manipulando a atenção do cidadão leitor e expectador, prendendo-o e "fidelizando-o" como tudo não passasse de novelas onde a pessoa sente-se consciente e "atualizada sobre política" apta a dar sua opinião ou pitaco em qualquer conversa. 




Vejo isto na feira do bairro, nos pontos de ônibus, na faculdade, conversando com taxistas, com lojistas, ouvindo conversas em áreas de alimentação de shopping e restaurantes a quilo, etc etc. Mas minha pergunta: Os problemas do Brasil resumem-se a isto somente? Claro que não.




Eu lhe convido a se interessar por assuntos de maior densidade, de maior relevância que afetam seu dia a dia. O que está no seu dia a dia de seu interesse. Em primeiro lugar sua segurança de ir e vir, de propriedade, de integridade sua e de sua família. 




Depois a regularidade, nos fornecimentos de energia elétrica, de acesso a combustível, a sinal de telecomunicações.




Depois qualidade dos sistemas de saúde, sejam eles públicos ou privados.
Também saneamento público e mobilidade urbana, sobretudo em grandes cidades, onde dão lugar a epidemias de toda sorte, mormente a inexorável dengue e a segurança de não ficar retido em engarrafamentos e sofrer em arrastões.



Por fim a questão da qualidade da Educação, onde já enfrentamos o analfabetismo funcional e o apagão de mão de obra. Ressalto que todas as pessoas passíveis e resultado destas duas realidades também trabalham em empresas, públicas e privadas, onde lhe proporcionam saúde, saneamento, segurança, transportes, energia elétrica, telecomunicações, varejo, atacado, serviços, etc etc. A gama de interferência negativa e de má qualidade é enorme.



Pois bem, tudo isto é um resultado sistemático, gradativo e quem vem se construindo há mais de quinze anos, sempre com a inexorável distração da sociedade, facilmente enganada pela propaganda nos veículos de comunicação onde sua atenção é desviada para assuntos menos importantes.
Minha sugestão de assuntos relevantes sobre os quais a atenção da sociedade deveria se voltar CONSTANTEMENTE:



- Altíssima dívida pública, na ordem de 1,25 trilhões de reais. Isto equivale a mais de 40% do que é reservado pelo governo para a execução do orçamento federal. Esta dívida altíssima tem suas decorrentes implicações:


- pouco investimento em Educação, na ordem de 3,45% do mesmo total, 


-em Saúde Pública, na ordem de 3,84% também do mesmo total e saneamento na ordem de apenas 0,05%. 


Ou seja, tudo que a sociedade clama nas ruas por melhora não acontecerá porque nossa dívida pública é simplesmente ENORME.





A mesma dívida pública promove o constante declínio de produtividade de nossa indústria e, em consequência, da produtividade individual, não obstante a enorme quantidade de faculdades, cursos à distância, cursos de tecnólogos e uma gama variada de esforços de melhoria da educação, ao lado das famigeradas cotas. 




Ou seja, de acordo com o Relatório do Banco Mundial, de 2014 (disponível em PDF na página do banco) com base em informações oferecidas pelo IBGE por intermédio do IPEA e PNAD, nosso desempenho é pior do que a Índia, com 1,2 bilhões de pessoas e com mais de 400 dialetos diferentes falados no mesmo país.



Esse absurdo de dívida pública impede os investimentos, sobretudo na índústria. O resultado são as crescentes e constantes demissões.



O cidadão demitido precisará complementar sua renda. Como resultado, aumentará a ida a postos de saúde, aumentará a fila para conquista de benefícios sociais e haverá uma grande tendência de se aumentar o comércio informal de rua, onde além da aumentar a sujeira nas ruas aumenta-se, também, a quantidade de pequenos crimes, contravenções e crimes. 




Aliás, o crime organizado no país adora a palavra "varejista" para eles "camelô" não é politicamente correto, mas não deixa, da mesma forma, de lhe ser um vetor de atuação, em paralelo aos produtos, sem nota, que eles vendem.



Enfim, amigos, o quadro não é bonito e a despreocupação da sociedade é crescente.



Minha contribuição é na informação, ajudando aos amigos a enxergarem as coisas por perspectivas diferentes. 



Jefferson W. dos Santos



Não culpe só quem votou na situação pelas mazelas que o Brasil nos apresenta, todos tem sua parcela de culpa na proporção de sua leniência


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