terça-feira, 12 de maio de 2015

Dia das mães e a decadência moral do politicamente correto. Opinião de um leitor: "O conservadorismo não saiu do armario...ele é natural à sociedade.Quem saiu do armario foi a promiscuidade sexual, as perversões, a pedofilia, a zoofilia (!), a sexualidade doente e a insanidade mental que tomou conta dessa sociedade!"



Correio Braziliense e a politização do Dia das Mães

A edição dominical do Correio Braziliense é uma prova cabal de que a imprensa tem uma agenda política muito clara. Nada escapa da ferocidade ideológica da grande mídia, nem mesmo uma data inocente como o Dia das Mães.


No domingo, 10 de maio, o Correio Braziliense publicou uma longa entrevista com Maria Eugênia Martins, ex-companheira da cantora Cássia Eller e mãe de Francisco, que na verdade é filho biológico de Cássia com o músico Tavinho Fialho.


O texto é um case interessante que permite vislumbrar essa tentativa sistemática de politização totalizante da sociedade, empreendida pela grande mídia, os movimentos sociais e os lobbys políticos organizados. Nada pode escapar da sua agenda.


“Companheira de Cássia Eller fala sobre maternidade e vida ao lado de Chicão” é uma entrevista longa com Maria Eugênia. Fala-se de maternidade, litígios judiciais, tabus e, é claro, do terrível “conservadorismo” que “emerge” na sociedade brasileira.

Crédito: Daniella Goulart / Divulgação. Maria Eugênia Martins, ex-companheira da cantora Cássia Eller.

A cumplicidade entre o repórter e a entrevistada é notável. Em cada pergunta e sua respectiva resposta é possível verificar que o objetivo não é o de celebrar a o Dia das Mães, mas o de enquadrar os “carolas-moralistas-reacionários-conservadores”:
A adoção por homossexuais ainda esbarra em muita resistência…
Estamos atravessando um período estranho. Há uma onda conservadora que também saiu do armário. Eu tenho a sensação de que depois que a Cássia morreu, o país encaretou. Se nossa história acontecesse hoje, não sei se teríamos a mesma receptividade.
Aposto minha coleção de CD’s do Eminem que não há uma alma na redação do CB que já tenha lido um autor conservador na vida. Do editor de política do jornal ao entrevistador de Maria Eugênia, ninguém ali conhece Burke, Kirk ou Carpeaux.

Onda conservadora?
A frase sobre a onda conservadora que saiu do armário é uma pérola típica dos fazedores de frases-de-para-choque-de-caminhão que conhecemos por jornalistas, habituados a ligar o nada ao lugar nenhum para impressionar os impressionáveis.

Foi Maria Eugênia quem a disse a frase, mas o CB fez um carnaval com ela. Não por acaso, o jornal colocou como chamada para a entrevista em sua fanpage precisamente esta frase: “Há uma onda conservadora que saiu do armário”.

Sabemos há décadas que os brasileiros são socialmente conservadores.

Todas as pesquisas de opinião realizadas desde o século passado dizem que sociedade brasileira é socialmente conservadora – o que não significa conservadorismo politico, mas nem o dono do CB sonha com essa sutil diferença.

É simplesmente falso atribuir a histórica resistência dos brasileiros a novos arranjos familiares a uma suposta “onda” conservadora que escapou dos armários dos eleitores de Dilma. (Sim, até os eleitores do PT são socialmente conservadores).

É claro que o tema é válido para nortear debates e –como todo tabu – este merece ser explorado pela imprensa, pelas universidades e mídia em geral.

A escolha do Correio de fazê-lo justamente no Dia das Mães, contudo, foi calculada não apenas para causar polêmica, mas para transformar em espantalho (carola, conservador, moralista) quem não vê com bons olhos tais mudanças sociais.


Dia da Mães: o CB conseguiu o que queria

Dia da Mães: o Correio Braziliense conseguiu o que queria?

Ao invés de promover um debate franco entre os que aprovam e os que desaprovam a adoção de crianças por homossexuais, o Correio Brasilienze simplesmente fez um uso instrumental do Dia das Mães para celebrar um dos lados. Ao outro, restou as acusações e as caricaturas. É o modus operandi da grande mídia.



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