quarta-feira, 1 de julho de 2015

Antes de começar, Shopping da Câmara já ficou R$ 7 Bilhões mais caro.Com essa quantia quantas escolas e hospitais públicos poderiam ser construidos?





Até 8 vezes mais caro, esse o rombo das contas para a construção do Shopping da Câmara, que é um complexo de mais 4 prédios, projeto que foi viabilizado por Dilma para manter apoio político dos deputados e vem sendo bastante defendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é autor da proposta para a construção.


Só que as contas de Cunha e dos engenheiros da câmara parecem não bater. Cunha vem desde o início falando em cerca de 1 bilhão de reais para a obra, já, segundo informa o colunista Lauro Jardim/Radar Online, os engenheiros estimam que o valor da obra deve ficar em até 8 bilhões de reais. Algo espantosamente superior ao que Cunha vem pregando em suas lutas para conseguir fazer seu projeto sair do papel, já que essa construção foi uma de suas promessas aos deputados para se eleger presidente da casa.

Ainda segundo Lauro Jardim a nova Câmara terá uma área total de cerca de 332 quilômetros quadrados de construção e custará por mês algo em torno de 31,7 milhões de reais, que devem ser pagos (com dinheiro público) para a construtora que ganhar a concessão para construção do projeto. Ao todo, segundo estima Lauro Jardim, devem ser gastos 8,370 bilhões de reais em 22 anos (período que possivelmente durará o contrato) com a concessionária responsável pelas obras.

Comentario:


Dilma veta mudanças na previdência, mas sanciona ParlaShopping e isenção a igrejas
Para garantir que a terceira medida do ajuste fiscal seja aprovada pela Câmara, a presidente Dilma Rousseff sancionou, na Medida Provisória que eleva a tributação sobre produtos importados, algumas emendas que agradam Eduardo Cunha (PMDB) e aliados. 



Enquanto a MP tramitava na Casa, alguns "jabutis" (matérias estranhas ao projeto original) foram anexados, e dois casos chamaram atenção: primeiro, a abertura de caminho para a construção de um complexo de lojas - apelidado de "Parlashopping" - no Congresso. Em segundo, isenção fiscal a igrejas. Só o primeiro item pode custar R$ 1 bilhão.


Dilma que foi tão rigorosa com os trabalhadores na hora de vetar a fórmula 85/95 que flexibilizava o chamado Fator Previdenciário, preferiu não enfrentar os fortes interesses do PMDB e da bancada evangélica. O famoso forte com os fracos, fraca com os fortes. No caso dos direitos dos trabalhadores, a saída encontrada foi uma nova MP que torna ainda mais difícil a aposentadoria, ao criar um sistema de progressão que chegará ao índice de 90/100 (soma da idade mais tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente) já em 2022. 


A mesma lógica de toma lá da cá o governo tem adotado para aprovar a MP da desoneração da folha de pagamentos, a votação está prevista para começar nesta quarta-feira e o governo já anunciou que vai começar a liberar nesta semana o pagamento de R$ 4,93 bilhões para emendas parlamentares e de restos a pagar do Orçamento. Há ainda o agrado à base aliada com a promessa de cargos de segundo e terceiro escalão nos próximos dias.


O governo parece que não aprende com as críticas e com a impopularidade galopante, repete os mesmos erros de sempre, aposta suas fichas num tipo de governabilidade e num modelo de política econômica que já deu todas as provas do seu fracasso. 


Mandato Ivan Valente PSOL/SP

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