As famílias terão muito que lutar agora no Plenário para não permitir manobras que camuflem a Ideologia de Gênero e nos façam pensar que vencemos. Relatório das sessões do dia 17 e 19 de junho.
Na manhã do dia 17/6, católicos se reuniram novamente no palácio Anchieta, Câmara Municipal de São Paulo, para reafirmar a vitória da família cristã brasileira, e levar ao vácuo a segunda tentativa de alguns ativistas feministas e homossexuais.
O campo em questão: o futuro de todas as crianças do município, mas também de todo o País, uma vez que se trata da maior Câmara sul-americana.
A alternativa é simples, mas sinistra: As escolas serão ambientes de formação escolar ou de futuros agitadores sociais?
Em frente ao crucifixo e aos parlamentares, estavam os brados dos católicos de todas as idades que abafavam as ofensas dos militantes pró-gênero, que dessa vez compareceram número maior do que das vezes anteriores, embora bastante minoritários frente aos católicos.
Nove caravanistas do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira estiveram nessa frente para mais uma vez unir-se aos vários grupos pró-família para combater essa ideologia contrária aos interesses do verdadeiro povo, e principalmente, aos de Deus.
Quando chegamos no Palácio Anchieta às 8h37, já encontramos os portões de entrada da Câmara abarrotados de pessoas pró-família de todas as idades.
Dentro do plenário 1º de maio, havia cerca de 200 católicos e 15 ativistas com bandeiras homossexuais que começaram provocando com brados como este: “Cuidado, fascista, a América latina vai ser toda feminista!”.
Um ativista de aproximadamente 40 anos berrava isolado, sem parar: Fascistas! Fascistas! Fariseus!”.
Os católicos puxavam brados em favor da família, “Viva a castidade!” e recitaram duas vezes em voz alta a Ave-Maria.
O Vereador Adilson Amadeu afirmou que “a gente tem que realmente proteger de verdade, amar as crianças e a família.
O ‘gênero’ vai ficar aguardando na fila, porque nós vamos continuar sustentando o que foi relatado pelo nosso querido relator Ricardo Nunes”.
Sem argumentação criativa, a militância apenas berrava: “Demagogo! Demagogo!”. E as famílias respondiam: “Direito da família, educação que gera vida! Direito da família, educação que gera vida!”.
O Ver. Paulo Fiorilo (PT), que teve seu substitutivo derrotado na semana passada, ameaçou com normas regimentais questionar sua derrota em outras instâncias se houvesse nesse dia a votação do novo texto, pois o presidente da sessão havia cometido um equívoco de nomear um relator cujo regimento da Câmara tornava impedido.
Ainda afirmou: “O meu substitutivo foi derrotado! E alguns aqui comparam com a derrota do Brasil por 7 a 1… É uma comparação esdrúxula! esdrúxula!”.
De fato, seria esdrúxula se comparassem a derrota da “Ideologia de Gênero” com o fracasso do Brasil na Copa do Mundo. Mas a comparação era apenas para dizer que o Brasil teve uma revanche satisfatória, uma vez que a família é muitíssimo mais importante do que 22 pessoas correndo atrás de uma bola.
Com bom humor, os cristãos responderam ao vereador – “Gol do Brasil!”.
No final, a votação foi postergada para a sexta-feira seguinte (19), para continuar o debate.
Para os católicos presentes, ficou uma mostra de como ficaria (ou pode ficar) nosso País sob a dominação dos militantes anti-família.
Cabe às famílias professar sua Fé. E por professar a Fé não se entende apenas fazê-lo na paz das paróquias e catedrais, mas também energicamente e com fervor em público, nesses tempos críticos em que passamos. Nossa inércia é o certificado da vitória dos “ímpios, ébrios e libertinos”, como cita o apóstolo São Paulo (I Cor. 6:9-10).
No dia 19, sexta-feira última, foi feita uma convocação geral para a militância LGBT estar presente na votação.
Mas as famílias paulistanas chegaram antes e lotaram o plenário.
Contrariamente ao regimento interno, desta vez foi permitido que algumas pessoas ficassem de pé, uma manobra para permitir a entrada dos ativistas LGBT que chegavam atrasados.
Os guardas levaram os mais agitadores do movimento LGBT para o lado direito do plenário e, quando a sessão acabou, tiraram eles por outra saída. Havia 5 guardas do lado LGBT e apenas um para “controlar” as famílias.
A militância bradava: “O Estado é laico!” e, logo em seguida, “Deus é amor” e puxaram um Pai-Nosso (sic!).
A ironia e contradição deles, super-defensores da laicidade do Estado, foi respondida com uma Ave-Maria – a qual eles não tiveram a ousadia de rezar juntos – e três vezes a jaculatória “São Miguel, rogai por nós”.
Houve um silêncio inesperado da parte LGBT e uma pessoa ouviu um deles dizer: “exorcismo também é discriminação”.
A pergunta que se faz é: “Discriminação contra quem?”.
O IPCO distribuiu entre as famílias um manifesto contra a Ideologia de Gênero e um cartão vermelho – ideia que já foi utilizada com sucesso por nossos correspondentes em Jundiaí – contendo no verso o desenho de uma família e a afirmação de que a educação moral é um dever da família.
A votação terminou com o resultado de 9 X 0 a favor do novo substitutivo que, apesar de ter representado uma vitória parcial a favor da família, por ter tirado os termos de gênero, deixou aberto um rombo que ameaça a educação e o futuro moral de nossos filhos e netos.
Se não fosse a necessidade do representante do PT justificar seu voto aparentemente contraditório, não saberíamos o teor e a manobra feita (ver abaixo).
De fato, o Ver. Paulo Fiorilo (PT), que antes havia apresentado um parecer que mantinha a questão de “gênero” e que agora votou favorável ao substitutivo, disse que o tema ainda pode ser resgatado no Plenário:
“Conseguimos incluir um artigo da lei orgânica na meta 1 que fala em: ‘educação igualitária, desenvolver um espírito crítico em relação a estereótipos sexuais, sociais e raciais das aulas, cursos, livros didáticos, materiais escolares e literatura.’ Possibilita manter esse debate vivo, e no plenário”, disse.
As famílias terão muito que lutar agora no Plenário para não permitir tais manobras que camuflem a Ideologia de Gênero e nos façam pensar que vencemos.
A votação no Plenário será feita somente em agosto. Isso dará tempo para muitas manobras sombrias, mas também tempo para nos mobilizarmos.
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