Fernando Canzian
Folha
Meio ano sob Dilma 2 e já temos uma boa ideia de onde a presidente nos meteu com suas políticas do primeiro mandato e o estelionato da campanha que a reelegeu. A ruína é grande, se espalha e mina as bases do que sustentou a melhora de vida dos brasileiros nos anos Lula.
O Brasil investe pouco como proporção do PIB (18%; o ideal seriam 25%) e tem baixíssima produtividade (menos de 1/4 da americana). Como crescemos e distribuímos renda nos últimos anos?
De certo modo, quase “artificialmente”, via crédito bancário ao consumo e expectativas futuras otimistas. Esses fatores “contaminaram” positivamente a economia, criando um círculo virtuoso de mais crédito ao consumo e à casa própria, melhores reajustes
salariais e crescimento.
ESTOQUE DE CRÉDITO
Ao longo dos 12 anos de Lula e Dilma 1, o estoque de crédito no Brasil cresceu a uma velocidade média de quase 20% ao ano (a alta chegou a 30,7% em 2008). Foi algo “nunca antes visto na história desse país”. O que trouxe uma sensação de inesgotável prosperidade.
O volume de crédito no Brasil mais que dobrou no período, passando de 25% do PIB para 55% (R$ 3 trilhões). Os prazos médios dos financiamentos foram alargados de 7,3 meses para 38 meses, levando as prestações a caberem cada vez mais no bolso dos consumidores.
Haveria uma avenida para crescer nessa área. O total de crédito concedido no Brasil equivale à metade do que há nos países desenvolvidos.
É COMO BICICLETA
Mas crédito é como bicicleta. Para não cair, depende de mais emprego, salários, expectativas positivas e crescimento contínuos. Mas vamos no sentido contrário agora com um ajuste para contornar a explosão de gastos públicos e descontrole da inflação sob Dilma.
Em 2015, a taxa de aumento do crédito deve cair a menos da metade do ritmo dos 12 últimos anos. Voltaremos ao patamar do pior ano sob Lula (9% em 2003). Dificilmente esse quadro mudará tão cedo.
Ao baixo investimento e produtividade soma-se agora a falta do “estimulante” do crédito, que era em boa medida causa e consequência das expectativas positivas de consumidores e empresários. Os efeitos sobre o emprego vão se acentuar.
Folha
Meio ano sob Dilma 2 e já temos uma boa ideia de onde a presidente nos meteu com suas políticas do primeiro mandato e o estelionato da campanha que a reelegeu. A ruína é grande, se espalha e mina as bases do que sustentou a melhora de vida dos brasileiros nos anos Lula.
O Brasil investe pouco como proporção do PIB (18%; o ideal seriam 25%) e tem baixíssima produtividade (menos de 1/4 da americana). Como crescemos e distribuímos renda nos últimos anos?
De certo modo, quase “artificialmente”, via crédito bancário ao consumo e expectativas futuras otimistas. Esses fatores “contaminaram” positivamente a economia, criando um círculo virtuoso de mais crédito ao consumo e à casa própria, melhores reajustes
salariais e crescimento.
ESTOQUE DE CRÉDITO
Ao longo dos 12 anos de Lula e Dilma 1, o estoque de crédito no Brasil cresceu a uma velocidade média de quase 20% ao ano (a alta chegou a 30,7% em 2008). Foi algo “nunca antes visto na história desse país”. O que trouxe uma sensação de inesgotável prosperidade.
O volume de crédito no Brasil mais que dobrou no período, passando de 25% do PIB para 55% (R$ 3 trilhões). Os prazos médios dos financiamentos foram alargados de 7,3 meses para 38 meses, levando as prestações a caberem cada vez mais no bolso dos consumidores.
Haveria uma avenida para crescer nessa área. O total de crédito concedido no Brasil equivale à metade do que há nos países desenvolvidos.
É COMO BICICLETA
Mas crédito é como bicicleta. Para não cair, depende de mais emprego, salários, expectativas positivas e crescimento contínuos. Mas vamos no sentido contrário agora com um ajuste para contornar a explosão de gastos públicos e descontrole da inflação sob Dilma.
Em 2015, a taxa de aumento do crédito deve cair a menos da metade do ritmo dos 12 últimos anos. Voltaremos ao patamar do pior ano sob Lula (9% em 2003). Dificilmente esse quadro mudará tão cedo.
Ao baixo investimento e produtividade soma-se agora a falta do “estimulante” do crédito, que era em boa medida causa e consequência das expectativas positivas de consumidores e empresários. Os efeitos sobre o emprego vão se acentuar.
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