- quarta-feira, 23 setembro 2015 22:20
O curso nasceu da experiência de Ângelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro, que foi Coronel da Polícia Militar no estado do Mato Grosso do Sul. Nesta época, ele conta, havia urgência em controlar a caça ilegal no Pantanal e a atuação da polícia precisava ser armada e repressiva. Quando a caça foi controlada, diz, percebeu-se que era a hora de mudar a ênfase para a prevenção.
O curso dura dez dias e é feito embarcado. Os alunos navegam pelo rio Paraguai, na região da Serra do Amolar, passando por reservas privadas e o Parque Nacional do Pantanal. O conteúdo cobre princípios de conservação e tecnologias disponíveis com o intuito de incentivar o policial “a pensar e planejar de maneira preventiva, ou seja, deve posicionar suas unidades, quarteis, homens em áreas que inibam o crime ambiental”, diz Rabelo. “O volume de multa pode ser um atestado de incompetência na proteção da natureza”. Ele quer dizer com isso que não adianta chegar depois que o desmatamento ou outros estragos já ocorreram.
Por fim, Rabelo diz que os policiais estavam acostumados a reprimir crimes em terras privadas, mas que podem ser cada vez mais úteis nas unidades de conservação. Cita como exemplos o caso do Parque Estadual Serra do Tabuleiro, em Santa Catarina, onde ficam nascentes que abastecem Florianópolis, ou o Parque Nacional do Iguaçu, locais que mantêm unidades da polícia militar ambiental dentro de seus limites.
Veja a entrevista com Rabelo no vídeo acima.
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