sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Era só o que faltava: Dilma agora quer legalizar os jogos de azar


Ranier Bragon e Débora Álvares
Folha


Líderes governistas na Câmara foram consultados pelo governo nesta quinta-feira (17), durante reunião com Dilma Rousseff e ministros no Palácio do Planalto, sobre qual seria a receptividade em suas bancadas da legalização dos jogos de azar no país.


De acordo com relatos de deputados que participaram do encontro, o governo avalia a possibilidade de permitir a volta de bingos, cassinos, jogos pela internet, jogo do bicho e caça-níqueis com o objetivo de elevar o caixa nesse momento de rombo nas contas públicas.


“Ela [Dilma] e os ministros pediram que a gente verificasse a receptividade da proposta, que foi sugerida na reunião dela com senadores ontem [quarta]. Perguntaram o que tinha de proposta e, dos líderes que falaram hoje, a maioria foi a favor”, afirmou o deputado Maurício Quintela Lessa (AL), líder da bancada do PR.


PROJETO NO SENADO
Um outro líder presente a reunião confirmou a discussão. “Existe um projeto sobre isso no Senado, onde ela está com um trânsito bom e acredita que pode dar agilidade a partir de lá”.

Até a próxima semana, os líderes devem levar à presidente e a sua equipe a receptividade de suas bancadas à proposta.

Quem levantou a questão na reunião desta manhã foi o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que teria dito a deputados, conforme relatos à Folha, que cassinos em áreas muito degradadas seriam um impulso para o desenvolvimento das regiões.

Apesar de ter consultado os deputados apenas nesta quinta, o assunto tem sido tratado com senadores desde semana passada. A sugestão inicial partiu do senador Benedito de Lira (PP-AL), que mencionou uma proposta relatada por ele no ano passado, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), para regularizar os jogos de azar.


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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG O núcleo duro do governo está mais perdido do que cego em tiroteio. Depois dos jogos de azar, só faltará a legalização da cafetinagem e da corrupção ativa e passiva, no bom sentido, claro. (C.N.)

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