Temer rejeita remédios amargos e defende corte de despesas para sair da crise
08/09/2015 21h22
Brasília
Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
O vice-presidente Michel Temer disse hoje (8) que o governo tem
que evitar “remédios amargos” para a saída da crise econômica. “Temos
que evitar remédios amargos. Temos que verificar, se for possível,
simplesmente cortar despesas, a tendência é esta.
Quando se fala em
remédios amargos, tem de ser o menor dos remédios amargos”, disse ele.
Vice-presidente da República, Temer defende o corte de despesas sem maiores aumentos de tributosArquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ontem
(7), a presidenta Dilma Rousseff afirmou, em mensagem gravada para as
redes sociais, que alguns remédios para a situação atual podem ser
“amargos”, mas são indispensáveis. “As medidas que estamos tomando são
necessárias para por a casa em ordem e reduzir a inflação, por exemplo",
declarou a presidenta.
Temer afirmou que defende o corte de despesas sem maiores aumentos de tributos.
“Tenho
agora reunião com os governadores do PMDB, com os presidentes da Câmara
e do Senado, onde vamos discutir esse tema, que se inicia exatamente
pela ideia do corte de despesas. As pessoas não querem, em geral,
qualquer aumento de tributos. Aumento de tributos é só em última
hipótese, descartável desde já. Não queremos isso. Eu vou ouvir os
governadores que têm condições de fazer várias sugestões, e depois,
trarei essas sugestões à presidenta”, afirmou o vice-presidente.
Temer
informou, no entanto, que também tratará na reunião de hoje, no Palácio
do Jaburu, sobre uma possível mudança da Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico (Cide), imposto que incide sobre combustíveis, como
forma de aumentar a arrecadação da União e dos estados. “Mas isso vamos
ver com os governadores”, concluiu ele.
Estão presentes na
reunião os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Rio
Grande do Sul, José Sartori; do Espírito Santo, Paulo Hartung; de
Alagoas, Renan Filho; de Rondônia, Confúcio Moura; e do Tocantins,
Marcelo Miranda. O governador de Sergipe, Jackson Barreto, não está
presente em razão de licença médica. Os presidentes da Câmara, Eduardo
Cunha, e do Senado Renan Calheiros, também participam do encontro que
vai discutir medidas para melhorar as contas dos executivos estaduais.
Participam
ainda da reunião os ministros da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu
Padilha, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, da
Pesca, Helder Barbalho, e dos Portos, Edinho Araújo.
Os líderes
do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e no Senado, Eunício Oliveira, e o
senador Romero Jucá (PMDB-RR) também estão no jantar.
Antes de
ir para o jantar no Palácio do Jaburu, Temer reuniu-se com a presidenta
Dilma para tratar da pauta de votações desta semana, após ter se reunido
mais cedo com líderes da Câmara, na tarde de hoje.
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