quarta-feira, 9 de setembro de 2015

"Dilma admite que ações do primeiro mandato levaram à crise”

Percival Puggina


O título deste artigo é a Manchete de capa de O Estado de São Paulo, edição de 8 de setembro. O jornal cita integralmente trecho da fala presidencial: “As dificuldades e os desafios resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, dar continuidade dos investimentos e dos programas sociais”.

(Mentirosa!Nesse valor estão incluídos os bilhões da COPA, os 40 bilhões da Olim-piada, o triplex do Lula, os 39 Ministérios e os gastos absurdos dos políticos!Nada dessa quantia  revertiu em programas sociais...N.B)

Agora, só falta a cúpula da CNBB e sua assessoria fazerem o mesmo ato de contrição. Quero lembrar, para não parecer implicante, que, dois meses depois de o Santander ter demitido aquela assessora de investimentos que anunciou a crise que estava por vir, a assessoria da CNBB serviu à Conferência um parecer no qual afirmava textualmente o seguinte:


“A sensação de um clima inflacionário espalhado pela mídia, baseando-se sobre os gastos ditos excessivos, sobretudo sociais, visa difundir um temor da volta da inflação, temor que é responsável por uma difusão da inflação. Entretanto, a taxa de inflação de agosto pode ficar mais baixa ou próxima daquela de julho (0.01%), contrariamente às previsões dos analistas do mercado financeiro.



A aproximação das eleições acirra a disputa econômico-financeira entre governo e especuladores. A imprensa não está contribuindo para o debate político-econômico, substituindo a informação pela ideologia da crise permanente. A mídia, porta-voz das elites financeiras, informa que o Brasil está indo à falência. As manchetes dos jornais (impresso e TV) não param de denunciar erros na política governamental que teriam provocado ondas de desconfiança.”



BESTIALÓGICO
Os assessores da CNBB que subscreveram esse bestialógico não foram demitidos. E duvido que reconheçam o que Dilma reconheceu em sua manifestação do dia de ontem. 


A cúpula da CNBB que três dias antes das manifestações do dia 15 de março foi ao Planalto afirmar não haver qualquer indício que pudesse justificar pedido de impeachment da presidente, tampouco mudou de opinião. Ou seja: a CNBB está mais fechada com o governo do que o próprio governo.

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