quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ética Ecocêntrica: Petição a ser assinada


Campanha cobra coerência do Burger King em relação a políticas de bem-estar animal

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ONGs de nove países latino-americanos pedem que a rede elimine o confinamento de animais em gaiolas na América Latina e Caribe, como já foi feito nos EUA


(São Paulo 22 outubro 2015) – No dia de hoje, ONGs de proteção animal do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras e México lançaram uma campanha que pede que o Burger King pare de vender produtos oriundos de animais que são forçados a viver suas vidas inteiras em gaiolas na América Latina e no Caribe.  Nos EUA, a rede já adotou uma política que determina que todos os ovos e carne suína usados nos lanches não sejam provenientes de sistemas que usam gaiolas em bateria para galinhas e gaiolas de gestação para porcas.

Na América Latina e no Caribe, dezenas de milhões de galinhas poedeiras – usadas na produção de ovos – passam suas vidas inteiras em gaiolas em bateria. Tais gaiolas são feitas de metal e geralmente confinam de cinco a dez animais juntos. A condição de superlotação é tão extrema que os animais mal podem andar ou esticar suas asas. Nesse sistema, cada ave tem um espaço menor do que uma folha de papel A4 para passar toda a vida. 


A carne suína – usada em produtos como bacon e presunto – também frequentemente é obtida de porcas reprodutoras que são forçadas a viver praticamente toda a vida imobilizadas em gaiolas de gestação, celas de metal que têm praticamente o mesmo tamanho dos corpos dos animais, impedindo que eles sequer possam se virar ou dar mais do que um passo para frente ou para trás. Nos EUA, o Burger King já se comprometeu a eliminar ambas as práticas de sua cadeia de fornecimento até 2017. 


“Pesquisas de renomadas instituições são extremamente claras: a maioria dos brasileiros rejeita a crueldade e os maus-tratos de animais criados para consumo. O Burger King precisa escutar essa demanda e ser coerente por meio da implementação das mesmas políticas de bem-estar animal que já tem nos EUA na América Latina e no Caribe”, disse Vania Nunes, médica veterinária e diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), ONG que representa a maior rede de proteção animal do país e está liderando a campanha no Brasil e a coalização internacional.


As gaiolas em bateria e gaiolas de gestação são tão controversas e cruéis que já foram proibidas por governos países ao redor do mundo, como todos os países-membros da União Europeia, Índia, Nova Zelândia e diversos estados norte-americanos. Associações de produtores na África do Sul e Austrália também já se comprometeram a acabar com o confinamento contínuo de porcas em gaiolas de gestação.

Um número crescente de empresas multinacionais e nacionais vem atendendo a essa demanda dos consumidores e de entidades não-governamentais. A Arcos Dorados, maior operadora de restaurantes do McDonald’s na América Latina, se comprometeu a eliminar o uso de gaiolas de gestação até 2022 em toda sua cadeia de fornecimento. 


A BRF, donas das marcas Sadia e Perdigão e maior produtora nacional de carne suína, também declarou uma política de eliminação de confinamento continuo em gaiolas de gestação até 2026. Já a JBS, segunda maior produtora e dona da marca Seara, se comprometeu a eliminar esse sistema somente em granjas próprias até 2016. 

No setor de ovos, a Unilever, dona das maioneses Hellmann’s e Arisco, irá eliminar as gaiolas em bateria de sua cadeia até 2020 globalmente, incluindo no Brasil. As redes de hotéis Marriott e Hilton e a Nestlé também já declararam políticas globais para a eliminação de ambos os sistemas.

O FNPDA convida a todos a assinar a petição em português que pede o Burger King declare o fim das gaiolas na América Latina no link www.change.org/gaiolasburgerking. Já as petições em espanhol e inglês, feitas por uma coalização de nove ONGs latino-americanas, incluindo o FNPDA, estão disponíveis em www.change.org/burgerkingjaulas e www.change.org/burgerkingcages.

As demais ONGs que fazem parte da coalização Liga Animal Latina y Caribeña, criada e liderada pelo FNPDA, são: 



Contato de mídia: Vania Nunes, info@forumanimal.org; 11 99906 7258

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