quarta-feira, 2 de março de 2016

Cientista Thelma Krug é nova 'xerife' contra o desmatamento no Brasil

02/03/2016 11h20 -

Pesquisadora assume diretoria de preservação florestal em ministério.


Engenheiro José Miguez é novo secretário de Mudanças Climáticas.

Rafael GarciaDo G1, em São Paulo



A cientista Thelma Kruk, nova iretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento (Foto: G1)A cientista Thelma Krug, nova diretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Brasil (Foto: G1)
A cientista Thelma Krug, especialista na relação entre florestas e o clima, é a nova diretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente.


Thelma substitui o ecólogo Francisco Oliveira, que chefiava a área desde 2012. No período, o país registrou as três menores taxas de desmate na Amazônia desde que o problema começou a ser monitorado por satélites.

A cientista é afiliada ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e também vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática), órgão criado pela ONU para avaliar a ciência do aquecimento global. Veja entrevista com a pesquisadora.

Thelma assume a pasta em um momento crucial, em que o Brasil assumiu um objetivo de corte de emissões de CO2 até 2030. O desmatamento bruto hoje é a principal fonte de gases-do efeito estufa do país. Entre as metas assumidas pelo país está a de zerar o desmatamento ilegal no país até 2030.


Mudanças Climáticas
A confirmação de Thelma no novo cargo foi anunciada no Diário Oficial da União ao lado da nomeação do engenheiro José Miguez como secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental.

Miguez substitui Carlos Klink, que em janeiro já havia assumido o a secretaria-executiva do Ministério do Meio Ambiente, segundo cargo mais importante da pasta.

Integrante da equipe de negociação do Brasil que costurou o Acordo de Paris para redução nas emissões gases do efeito-estufa, Miguez é visto como "linha dura" na diplomacia do clima.

Como funcionário do Ministério da Ciência e Tecnologia, Miguez formulou a política país para o setor, alinhando o Brasil a nações em desenvolvimento que se recusam a assumir metas absolutas de redução de emissões. Ainda no governo Lula, entrou em situação de conflito com o Ministério do Meio Ambiente, então chefiado por Carlos Minc.

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