segunda-feira, 7 de março de 2016

Neste fim de semana, tamanduá escapa de zoo e jiboia é vista em poste

Animais silvestres mobilizaram tanto a polícia quanto a comunidade

Eric Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br

Animais silvestres se misturaram ao cotidiano da cidade neste fim de semana e mobilizaram tanto a polícia quanto a comunidade.

Quando um fio do poste de luz se mexeu, na manhã de ontem, os moradores da QR 206 de Santa Maria perceberam se tratar de uma jiboia enrolada ao poste.

Moradores do Guará, por sua vez, relataram, em redes sociais, ter avistado um tamanduá-bandeira próximo ao Jardim Zoológico, mas do lado de fora da cerca, vagando pela mata.


A cobra em Santa Maria aguçou  a curiosidade dos moradores e foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros poucas horas depois de avistada. A fêmea de tamanduá-bandeira, porém, fugiu do zoo na última quarta- feira    e segue procurada  pela equipe Batalhão Ambiental da Polícia Militar.


Criada em cativeiro
Conforme a assessoria do Jardim Zoológico do DF, a fêmea de tamanduá não estava em exposição e teria escapado de uma ala veterinária do parque. Ela foi criada em cativeiro e não estaria habituada à vida selvagem.


Os funcionários não souberam explicar como a fuga aconteceu, uma vez que não havia marcas de arrombamento ou falha na proteção do cativeiro. Apesar disso, a direção não trabalha com a ideia de furto.
Casas perto dos bichos
O brasiliense está habituado a encontrar animais típicos da região, como capivaras, em locais inusitados, geralmente próximos ao Lago Paranoá. Desta vez, no entanto, foram espécimes mais raros e exóticos a chamarem atenção. A vizinhança da QR 206 de Santa Maria, por exemplo, relatou nunca ter visto uma cobra na rua.

Já o tamanduá-bandeira é considerado uma espécie vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e costuma ser encontrado apenas em áreas de conservação.

A fêmea que escapou  é um dos três exemplares em posse do zoológico e nasceu em cativeiro, sem nunca ter   contato com a vida selvagem, conforme a assessoria. Por meio do Facebook, a direção pediu a quem avistar a tamanduá que entre em contato pelos telefones 3445-7000 ou 9208-2626. A recomendação é   não se aproximar do animal e apenas telefonar.

Apesar de não ser considerado agressivo, há histórico de caçadores mortos por ataques de tamanduá.  Até o fechamento da edição, o animal seguia desaparecido. Talvez  possa encontrar a cobra,   levada ao quartel do Batalhão Ambiental.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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