Dono não consegue alimentar animais por causa de guerra e crise.
Mais de 200 já morreram; 15 foram empalhados para crianças brincarem.
O proprietário de um zoológico em Gaza está colocando à venda os últimos de seus animais famintos.
Mohammad Oweida costumava organizar visitas de famílias e estudantes ao seu zoológico em Khan Younis, na parte sul da Faixa de Gaza. Mas a guerra e as dificuldades econômicas transformaram o projeto no que hoje é um conjunto triste de 15 animais abatidos que ele não consegue mais sustentar.
"Tenho que vendê-los para poder salvá-los", disse Oweida, de 24 anos, sentado perto da jaula de um tigre que não come há quatro dias.
Ao todo, contou ele, cerca de 200 animais, muitos deles contrabandeados através de túneis pela bem vigiada fronteira egípcia, morreram de fome no zoológico desde a guerra de sete semanas entre Israel e militantes palestinos em 2014, que o impediu de obter alimentação suficiente para os animais.
Oweida empalhou 15 dos animais que perdeu, inclusive um leão, um tigre e um chimpanzé, e os colocou em exibição para as crianças brincarem. Mas agora os visitantes não aparecem mais.
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