- terça-feira, 15 março 2016 23:10
Os números são parte da iniciativa de pesquisa Sea Around Us (SAU), da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, que se propôs a fazer uma reconstrução tão apurada quanto possível dos dados de pesca desde 1950 até 2010.
A proposta atende à urgência por melhores informações sobre a exploração dos oceanos nas últimas décadas, que permitam verificar o que aconteceu com os estoques de peixes ao longo desses 66 anos.
A comparação é vital para analisar o grau do impacto causado pela pesca, traçar planos de gestão sustentável mais eficientes e conter futuras extinções ou colapsos de espécies super exploradas.
A pesquisa constatou que os relatórios fornecidos pelos países eram na maioria incompletos, pois ignoravam dados de pequenos pesqueiros e de parte das operações comerciais. A nova estimativa feita pela Sea Around Us levanta não apenas estes números, mas também contabiliza peixes descartados antes dos barcos retornarem, a chamada pesca acidental.
De acordo com o Índice de Performance Ambiental, nos Estados Unidos o descarte alcança 17% do total pescado, número alto e quase sempre ausente nas estatísticas.
Outro desafio é a falta de estatísticas fornecidas pelos próprios governos, como é o caso de Djibouti e mesmo da Suécia, que, segundo o estudo, fornecem informação insuficiente para uma boa medição.
Apesar da pesquisa feita pela Universidade da Colúmbia Britânica indicar como são subestimados os números da pesca global, não mensura efeitos colaterais da atividade pesqueira sobre outras espécies da fauna marinha, flora ou nos recifes de corais. Entretanto, o trabalho é um avanço na compreensão do estado dos oceanos.
A análise dos dados está em fase final e usará novos números dos relatórios da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
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