- quarta-feira, 16 março 2016 19:16
É a segunda vez que a iniciativa, que tem o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, leva este prêmio, que reconhece ações em prol do meio ambiente na região Sul do Brasil.
O roxinho, como é carinhosamente chamado, é uma das espécies na lista vermelha da IUCN, que a classifica como “em perigo” desde 2012. A ave já foi inclusive considerada extinta em algumas áreas, como o próprio Parque Nacional das Araucárias. Em ação desde 2010, o projeto de recuperação e reintrodução dos papagaios-de-peito-roxo luta para reverter este cenário.
Até hoje, 83 espécimes já foram devolvidas ao ambiente. O objetivo da ação é restaurar uma população viável de papagaios dentro do parque, que se reproduza e devolva a espécie ao ciclo natural de vida.
Desde que começou, a sala de reabilitação do projeto já recebeu mais de cem roxinhos, em sua maioria vítimas do tráfico ilegal de animais que foram resgatados antes de serem comercializados, mas nem todos ainda liberados para regressar ao meio ambiente.
Antes da soltura, os papagaios precisam passar por uma bateria de exames, além de um período de aclimatação. Antes de partir, todos recebem um souvenir do Instituto: uma pulseirinha para monitoração, que é feita mensalmente pelos responsáveis do projeto.
A maior causa para sumiço dos papagaios-de-peito-roxo, que são endêmicos da Mata Atlântica, é a destruição do seu habitat natural, seguida pela caça ilegal de ninhos. A estimativa é de que restam apenas cerca de 2 ou 3 mil indivíduos, que também podem ser encontrados em menores quantidades no sudeste do Paraguai e no nordeste da Argentina.
Com o sucesso do projeto de reintrodução e recuperação da espécie, a expectativa é que os céus possam ganhar mais cor com o voo dos papagaios-de-peito-roxo, corpo verde e bico avermelhado.
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