Heróis nem sempre usam capa, equipamentos complicados ou
superpoderes. Alguns possuem habilidades simples, mas que, quando bem
utilizadas, salvam milhares de vidas. É o caso dos ratos da organização
Apopo, dotados de uma incrível capacidade olfativa – ou seja, habilidade
de sentir os cheiros. Eles foram treinados para detectar perigos para a
vida humana e ajudam a salvar centenas de pessoas!
Inicialmente, os ratos da espécie Cricetomys gambianus, também conhecida como rato-gigante-africano, eram adestrados para detectar minas terrestres em países da África e da Ásia. Resquícios de tempos de guerra, esses equipamentos ficam escondidos no solo e explodem quando alguém pisa em cima, o que pode ferir gravemente ou até matar pessoas.
Felizmente, os ratos conseguem farejar os explosivos e descobrir exatamente onde estão enterrados. Como são leves, não disparam a armadilha – mas dão a dica para equipes especiais liquidarem o dispositivo.
Agora, na Tanzânia e em Moçambique, no sudeste da África, um novo exército de ratos foi treinado para outra função: detectar a tuberculose, doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. “Esses roedores são animais pacíficos, dóceis, fáceis de treinar e que gostam de realizar tarefas repetitivas”, conta o médico Emilio Valverde, coordenador do projeto. “Eles são endêmicos da África Subsaariana e estão, portanto, bem adaptados ao nosso meio”.
E como os bichos sabem que encontraram o que estavam procurando? Bem, o agente causador da tuberculose, uma micobactéria, produz um cheirinho particular – imperceptível para nós, humanos, mas notável para os ratos. Eles são capazes de sentir o odor em amostras de escarro dos pacientes.
Os ratos são então treinados para permanecer mais tempo sobre amostras que apresentam o tal cheiro. Quando fazem isso, recebem um prêmio! Então, querem acertar sempre, e quanto mais, melhor. Segundo Emílio, cada animal consegue avaliar cerca de 100 amostras em 20 minutos. Uma rapidez de dar inveja a qualquer laboratório…
Veja o vídeo:
https://youtu.be/WAhaBkW7ZlU
“Os ratos identificam corretamente mais de 99% das amostras indicadas como positivas pela microscopia convencional realizada nas clínicas colaboradoras. Eles conseguem identificar também como positivas outras amostras que chegam no laboratório da Apopo com diagnóstico negativo”, diz o médico. Em outras palavras, parece que o exame dos ratos consegue ser ainda mais preciso que o teste laboratorial. Que bichos danados!
Você pode conferir mais sobre os heróis moçambicanos neste vídeo que a organização preparou (em português).
Inicialmente, os ratos da espécie Cricetomys gambianus, também conhecida como rato-gigante-africano, eram adestrados para detectar minas terrestres em países da África e da Ásia. Resquícios de tempos de guerra, esses equipamentos ficam escondidos no solo e explodem quando alguém pisa em cima, o que pode ferir gravemente ou até matar pessoas.
Felizmente, os ratos conseguem farejar os explosivos e descobrir exatamente onde estão enterrados. Como são leves, não disparam a armadilha – mas dão a dica para equipes especiais liquidarem o dispositivo.
Agora, na Tanzânia e em Moçambique, no sudeste da África, um novo exército de ratos foi treinado para outra função: detectar a tuberculose, doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. “Esses roedores são animais pacíficos, dóceis, fáceis de treinar e que gostam de realizar tarefas repetitivas”, conta o médico Emilio Valverde, coordenador do projeto. “Eles são endêmicos da África Subsaariana e estão, portanto, bem adaptados ao nosso meio”.
E como os bichos sabem que encontraram o que estavam procurando? Bem, o agente causador da tuberculose, uma micobactéria, produz um cheirinho particular – imperceptível para nós, humanos, mas notável para os ratos. Eles são capazes de sentir o odor em amostras de escarro dos pacientes.
Os ratos são então treinados para permanecer mais tempo sobre amostras que apresentam o tal cheiro. Quando fazem isso, recebem um prêmio! Então, querem acertar sempre, e quanto mais, melhor. Segundo Emílio, cada animal consegue avaliar cerca de 100 amostras em 20 minutos. Uma rapidez de dar inveja a qualquer laboratório…
Veja o vídeo:
https://youtu.be/WAhaBkW7ZlU
“Os ratos identificam corretamente mais de 99% das amostras indicadas como positivas pela microscopia convencional realizada nas clínicas colaboradoras. Eles conseguem identificar também como positivas outras amostras que chegam no laboratório da Apopo com diagnóstico negativo”, diz o médico. Em outras palavras, parece que o exame dos ratos consegue ser ainda mais preciso que o teste laboratorial. Que bichos danados!
Você pode conferir mais sobre os heróis moçambicanos neste vídeo que a organização preparou (em português).
Everton Lopes,
estagiário do Instituto Ciência Hoje
Adoro viajar e ler. Quando era pequeno queria ser escritor,
hoje, posso escrever sobre um monte de coisas novas que eu descubro aqui
na CHC!
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