Um futuro seguro para nossas abelhas
Manifesto pela regulamentação da criação de abelhas exóticas e nativas
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O mundo assiste estarrecido ao desaparecimento das abelhas.
Os fatores, ainda não suficientemente esclarecidos, vão das mudanças climáticas, aos agrotóxicos ou aos vírus.
Manifesto pela regulamentação da criação de abelhas exóticas e nativas
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O mundo assiste estarrecido ao desaparecimento das abelhas.
Os fatores, ainda não suficientemente esclarecidos, vão das mudanças climáticas, aos agrotóxicos ou aos vírus.
Temos um cenário perfeito para que a indústria do mel se apropriasse do discurso de conservação das abelhas para captar investimentos e ampliar os negócios no mundo inteiro.
Está aí uma verdade que o mundo não sabe: a abelha que mobilizou este alerta mundial é a menos ameaçada de todas as abelhas do mundo.
É a Apis mellifera, uma espécie cosmopolita, de grande valor econômico, cujos modos de exploração vem ditando a conduta de criação de outras espécies de abelha igualmente importantes na polinização.
Nas Américas, esta abelha é exótica, introduzida desde o séc. XVIII, e no Brasil é conhecida como abelha europa ou abelha africanizada.
Enquanto o interesse mundial foca na espécie menos ameaçada do mundo, a indústria do mel dita condutas e promove exemplos de conservação mais próprias de um manual de economia do agronegócio.
Nisto, outras milhares de espécies nativas em toda América Latina permanecem no limbo, sendo esquecidas quanto as ameaças a uma série de outros fatores essenciais a sua sobrevivência.
Para assegurar a polinização das flores, e a consequente produção de alimentos para o mundo, devemos apostar na diversidade das abelhas.
Ela é assegurada por meio do investimento equitativo no combate as causas de extinção de todas as espécies, sem dar margem ao discurso economês e a priorização da conservação apenas da espécie de maior valor econômico e de menor valor ambiental, justamente a menos ameaçada de todas.
Assim, contamos com a sua cooperação, apoiando a regulamentação do uso econômico, recreativo e de conservação das abelhas, em todas as esferas públicas, com base na valorização da sua diversidade.
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