quinta-feira, 25 de agosto de 2016
As 9 maquetes foram feitas a partir de 1.940 peças e o custo total do projeto não chegou a cem reais.
“Do nada, eu estava sentado na frente do computador ouvindo música e, ao
lado do computador tinha umas peças de PC estragadas (um mouse, um
dissipador e um pente de memória), e eu consegui enxergar nessas peças
prédios.” Foi assim, meio que por acaso, que o estudante de arquitetura
Rafael dos Santos Silva começou um projeto artístico que transforma
resíduos eletrônicos em miniaturas de cidades.
O trabalho começou há pouco mais de sete meses e o estudante levou, em
média, cinco meses apenas para conseguir juntar a sucata necessária para
construir as primeiras maquetes. Como os resíduos eletrônicos têm valor
alto quando se fala em reciclagem, não foi muito fácil arrecadar os
materiais. Mas, após todo o esforço da coleta, Rafael conseguiu juntar
as mais diferentes peças de computadores e acessórios. Depois de
desmontar e separar tudo, o processo de criação começou de verdade.
Foram quatro meses reciclando e quase três meses montando. Durante duas
semanas, ele garante ter trabalhado incessantemente das 9h às 21h,
focando toda a sua energia na criação das nove maquetes. “Como estava
sozinho nessa jornada, eu tinha muita coisa para fazer, algumas pessoas
me chamaram de ‘doido’, por tudo que estava fazendo, porque eu quase não
parava pra nada”, disse. Mas, tanto esforço valeu a pena, tanto que o
Rank Brasil já o considera o recordista nacional por ter a maior maquete
já feita com peças de computador.
As maquetes foram feitas a partir de 1.940 peças e o custo total do
projeto não chegou a cem reais. Por ser estudante de arquitetura, Rafael
já está acostumado a lidar com escalas e teve todo o cuidado de um
arquiteto no planejamento e desenvolvimento das maquetes.
Um dos destaques é a cidade feita em escala 1/200. A maquete conta com
60 prédios, uma indústria e uma subestação de energia. Além disso, ela
tem tudo o que uma cidade tem, inclusive árvores, carros e pessoas.
Entre os materiais usados para este projeto estão: CDs, dissipadores,
processadores, cartuchos, disquetes, modens, cabos, slots, entre outras
coisas.
Outro projeto que merece destaque é o aeroporto. Feito em tamanho de
140×110 centímetros, ele tem uma base feita de papelão e todo o resto
criado a partir dos resíduos eletrônicos.
Fonte: Ciclo Vivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário