quarta-feira, 5 de outubro de 2016
É possível comprar até cerveja usando o lixo como moeda.
Você já imaginou se, ao invés de dinheiro, fosse possível fazer compras
pagando com lixo? Pode parecer extremamente estranho, mas é isso o que
acontece durante o Seaside Scavange, um evento e loja itinerantes que
têm viajado a Austrália para conscientizar pessoas sobre a produção e o
descarte de resíduos sólidos.
A ideia é da jovem Anna Jane Linke. Em entrevista ao site australiano “1
Million Women”, ela explicou como surgiu o projeto. “A ideia era
conseguir limpar a praia ao mesmo tempo em que acontecia uma feira de
troca de roupas”, disse. Para conseguir unir as duas coisas, ela criou
uma logística em que as pessoas usam o próprio lixo coletado nas
redondezas do evento como moeda para comprar os produtos expostos.
O sistema é muito simples. A cada dez resíduos entregues, a pessoa ganha
uma ficha. Ao longo das araras e prateleiras estão espalhados os mais
diversos produtos, recebidos através de doações, e que podem ser levados
em troca das fichas. É possível comprar até cerveja usando o lixo como
pagamento.
Para Anna esta é uma forma de mostrar às pessoas que a humanidade está
produzindo uma quantidade enorme de resíduos, que boa parte disso
poderia ser evitado e que os resíduos também valem dinheiro. A ideia de
fazer os eventos próximos às praias é justamente mostrar o estrago que
esse lixo pode fazer nos oceanos, como, aliás, já tem feito.
Os eventos vão muito além da feira de trocas. Com o apoio de voluntários
e da própria comunidade local, o Seaside Scavange se torna um
verdadeiro festival cultural grátis, que conta com a participação de
músicos e artistas diversos.
Atualmente o projeto está viajando pela costa leste australiana. No
evento do último final de semana, por exemplo, realizado em Sunny Coast,
foram coletados 98,1 kg de lixo da praia. Apenas bitucas de cigarro
foram 5.077, que são normalmente os resíduos mais comuns, segundo, Anna.
Atualmente o Seaside Scavange é realizado de forma totalmente voluntária
e sem lucros financeiros. Mas, a idealizadora do projeto espera que
para o próximo ano seja possível contar com patrocinadores, para que a
ideia ganhe impacto ainda maior e que a continuidade se torne viável
pessoal e financeiramente.
Fonte: Ciclo vivo
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