terça-feira, 29 de novembro de 2016
Proibida no País desde os anos 1960, a atividade reduziu a população de
várias espécies de animais e elevou o risco de desequilíbrio ambiental
O período entre os anos 1930 e 1960 é chamado de “época da fantasia” em
muitas partes da Amazônia. “Fantasia” eram as peles de felinos
exportadas para o mercado da moda norte-americano e europeu. Só a venda
de pele das espécies mais exploradas – que incluíam jacarés, peixes-boi,
veados, porcos-do-mato, capivaras e ariranhas – movimentou cerca de US$
500 milhões (em valores atuais) durante o auge desse comércio.
De 1904 a
1969, algo em torno de 23 milhões de animais silvestres de ao menos 20
espécies foram mortos para suprir o consumo de couros e peles. Esses
dados, apresentados em um artigo publicado em outubro na revista Science
Advances, referem-se apenas ao que ocorreu nos estados de Rondônia,
Acre, Roraima e Amazonas.
O biólogo André Antunes, primeiro autor desse trabalho, calculou o
número de animais abatidos no período ao combinar as informações
disponíveis nos registros comerciais e portuários com as anotadas nos
chamados manifestos de carga, relações detalhadas dos materiais
transportados pelos navios que partiam do interior da Amazônia para o
porto de Manaus.
Fonte: EcoDebate
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