- quarta-feira, 04 janeiro 2017 17:33
Praia lotada é sinônimo de verão, mas também é época de reprodução das tartarugas marinhas, que procuram áreas nas praias para realizar a desova. Pensando numa espécie de guia informal para proteger o momento de renovação do ciclo da vida das tartarugas, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, divulgou um alerta para que as pessoas tomem cuidados e evitem impactar às condições naturais das áreas de desova.
Para se ter uma ideia, para cada mil filhotes que nascem, somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. E as ações humanas estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas. O apelo do Tamar é para que o banhista adote um comportamento cuidadoso para reduzir essa ameaça.
Ameaças
Embora comum, o trânsito de veículos nas praias, incluindo carros, caminhonetes e quadriciclos, é uma prática ilegal, conforme portaria editada pelo Ibama. Além de ser um perigo para os banhistas, a passagem de veículos atropela filhotes, compacta ninhos e afugenta as fêmeas durante a desova.
Os técnicos do Tamar também apontam três grandes problemas que atingem as tartarugas no verão: as capturas incidentais pelos barcos de pesca, que aumenta nessa época do ano pela demanda dos produtos pesqueiros; a luz artificial, resultado da expansão urbana sobre o litoral, que prejudica fêmeas e filhotes principalmente durante o período de desova e a poluição das águas por elementos orgânicos e inorgânicos, como lixo e esgoto, que interfere na alimentação e locomoção e prejudica o ciclo de vida das tartarugas marinhas.
Fonte: ICMBio.
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