Doido para entregar 6,5 quilômetros da orla do Paranoá ao grupo Natura, o governador Rodrigo Rollemberg vai recorrer da decisão judicial proferida pela Vara do Meio Ambiente que manda parar as obras de pavimento asfáltico na beira lago
o
entendimento do juiz Matheus Stamilo Santarelli Zuliani, da Vara do
Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), o
GDF está cometendo um grave dano ambiental na orla do Paranoá. Por causa
disso, o magistrado determinou que a construção de uma estrada de 6,5
quilômetros com pavimento asfáltico fosse imediatamente interrompida.
A estrada medindo quatro metros de
largura está a menos de 1 metro da beira do Lago e fica em um trecho de
APP (área de preservação permanente). Essa é a segunda vez que a Vara do
Meio Ambiente manda parar a obra. Na primeira vez, o juiz titular
Carlos Maroja teve o mesmo entendimento, mas GDF recorreu ao juízo de 2ª
Instância que ordenou a continuidade da obra.
Desde agosto do ano passado que a obra criminosa avança por meio de maquinas pesadas que rasgam a beira lago. A região é considerada como Áreas de Preservação Permanente (APP), instituída pelo Código Florestal e consistem em espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis.
Há evidências de sobras que revelam que a obra feita pela Novacap se trata de uma rua de serviço, onde, futuramente, os caminhões de entrega de gêneros irão trafegar para abastecer os bares e restaurantes sofisticados que Rollemberg pretende instalar na APP do lago em parceria com a Natura.
A afinidade de Rodrigo Rollemberg com a
Natura é de longa data. Em 2014 o dono da empresa de cosméticos
Guilherme Leal, como pessoa física, injetou grana na campanha eleitoral
do governador. Em contrapartida, pela ajuda, o Governo de Brasília
resolveu fazer um mimo ao empresário concedendo isenção fiscal de
quatrocentos milhões de reais à empresa de cosméticos .
“Se o governo conseguir derrubar a
liminar nós vamos continuar metendo processo contra o governo e contra
gestores como a Bruna da Agefis, a Jane do Ibram e contra o próprio
governador Rollemberg pelos danos ambientais causados em uma área de
APP”, disse Marcos Coelho, presidente da associação dos moradores da
QL12.
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